segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Não vejo nenhuma razão de haver instabilidade ou dificuldades na coabitação entre o PR, USE, PM, G-M!

 Os profetas da desgraça, que tirem o seu cavalinho da chuva, porque não haverá instabilidade nenhuma, e com esta dupla USE/G-Martins, os Guineenses podem sonhar e esperar por dias muito melhores do que os que temos vindo a viver.

Não é uma questão de comparar, porque as conjunturas são diferentes, e as análises devem ser muito realistas. Umas conjunturas foram favoráveis e outras não, e é daí que se devem fazer as avaliações em termos de resultados.
Embora isso não interesse para o assunto de que vou falar, de forma resumida, eu um simples jovem, e as análises que faço são isentas de tendências. Exteriorizo-o aquilo que sinto no meu interior, sem me preocupar com preconceitos. Sou simplesmente um jovem atento, que aplaude, quando as coisas vão bem, e condena quando se cometem asneiras, sobretudo atos corrupção e abuso de poder.
Esse governo liderado por EL-Químico Geraldo João Martins, esta ser escrutinado por sua excelência General Umaro sissoco Embalo, e a presidência da república, não há margem para erros e nem tão pouco para desgoverna-ção e corrupção, motivo pelo qual o PM ainda nem arranjou uma viatura em ótimas condição para o seu uso no cargo.
Começaria por dizer que a República da Guiné-Bissau tem uma das melhores constituições na nossa região africana, e as competências dos órgãos estão bem definidas, bastando cada titular cingir-se à sua área de jurisdição, para evitar qualquer incompreensão.
O Presidente da República nomeia e exonera o Primeiro-ministro, tendo em conta os resultados eleitorais e ouvidas as forças políticas representadas na Assembleia Nacional Popular (art. 68, al 9 da Constituição da República da Guiné-Bissau).
O Governo é politicamente responsável perante o Presidente da República e perante a Assembleia Nacional Popular (art.; 103, da Constituição da República da Guiné-Bissau).
Se os membros do Governo são nomeados pelo PR sob proposta do PM, “conversa kaba”. Isso significa que os nomes são indicados pelo PM e cabe ao PR nomear. Esse nomear também não é automático, porque se aparecer nessa lista um nome que não reúne as mínimas condições, de certeza que o PR tem o direito de o recuar e solicitar outro nome. Esse deve ser o entendimento de todos, mesmo que não esteja plasmado na Constituição da República.
Como muçulmano praticante, e assim também pensam os homens dotados de inteligência, aprendi que o poder a Deus pertence e o da quem quiser, como quiser e quando quiser. Temos que aceitar que o USE surgiu de forma inesperada, surgiu como um fenómeno. Quem é que podia prever o cenário que vivemos em 2019 e 2020, com a ascensão do USE à magistratura suprema na nação, perante pesos pesados, tais como o Cadogo Jr. e o próprio Jomav? Mas assim quis o Todo-poderoso, e a nossa obrigação é de acompanha-lo no seu mandato, mas também opormo-nos a todas as derivas que violem os direitos humanos a atentem contra a democracia e o regime semipresidencialista ainda em vigor no pais.
Com base no acima exposto, não vejo nenhuma razão de haver instabilidade ou dificuldades na coabitação entre o USE, PR e o seu big brother G-Martins, com quem no passado tiveram excelentes relações, a não ser que as “eternas ervas daninhas” entrem de novo na dança, como nos habituaram aos longos dos anos.
O porquê de todo esse pessimismo? Sejamos “quand meme” otimistas! O Guineo-pessimismo deve pertencer já ao passado, porque vamos inaugurar uma nova, uma era de renovar da esperança, uma era de reencontro dos filhos da pátria de Cabral, uma era que aponte para a extirpação de todos os males que têm caracterizado as governações passadas.
O diálogo entre o PR, o PM, o líder da oposição e a sociedade civil e o poder tradicional e religioso deve ser uma constante para criar e manter um clima de confiança que favoreça a consecução dos objetivos por que todos lutam - o desenvolvimento do pais e o bem-estar das suas populações.
Como bem disse o líder da coligação PAI - TERRA RANKA, Camarada Domingos Simões Pereira, esta vitória é do povo Guineense, que aspira mudança e a garantia de uma boa governação.
Por isso, que todos nós nos consideremos verdadeiros players, e que alguém não pense que as responsabilidades recaem apenas nos ombros do USE e do governo! Nous sommes tous concernés.
VIVA A GUINENDADE!
VIVA A VITORIA DO POVO POR UMA NOVA ERA!
Por: Yanick Aerton

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