Sérgio Conceição foi esta quinta-feira apresentado como treinador do FC Porto e nas primeiras palavras aos adeptos mostrou-se empenhado em trazer para o clube uma mentalidade ganhadora.
Depois de mais uma temporada de desilusão no estádio do Dragão, que resultou num segundo lugar no campeonato e no despedimento de Nuno Espírito Santo, o clube nortenho apresentou esta quinta-feira o seu novo treinador.
Sérgio Conceição foi o escolhido de Pinto da Costa para liderar o futebol azul e branco e, em conferência de imprensa, o técnico assegurou que vem para o FC Porto com o objetivo de ensinar e não de aprender.
Falando de temas como a aposta na formação ou a construção do plantel azul e branco, Conceição lembrou que o mais importante é criar uma mentalidade ganhadora, com o clube empenhado, mais do que nunca, em voltar à conquista de títulos.
Por outro lado, Conceição disse também estar ciente do momento difícil do clube, dizendo que apenas com trabalho será possível inverter a crise que o clube tem vivido ao nível dos títulos, afirmando mesmo que o objetivo é vencer “todos os jogos em todas as competições”.
“É uma etapa, como tantas outras, difíceis. Estes desafios e momentos, que para muitos são difíceis, fazem-me superar e, com certeza, com a minha ambição e qualidade no trabalho… Muitas vezes as pessoas podem julgar que o FC Porto foi buscar um ex-atleta de determinação. É verdade. São caraterísticas associadas à minha qualidade no trabalho”, começou por definir-se, apontando depois aos objetivos comuns.
“Nesta casa o objetivo é muito simples, é ganhar todos os jogos em todas as competições. Aquilo que posso prometer é essa forma de trabalhar e exigência que temos, e que vamos prometer aos adeptos. Uma determinação muito grande no dia-a-dia, para conseguir o principal objetivo, que é a conquista do campeonato”, asseverou.
“Não venho para aqui aprender, venho para aqui ensinar. Sou o treinador do FC Porto. Na minha curta carreira, tentei sempre potenciar as minhas equipas para atingir, em cada jogo, os três pontos. Estiveram atentos aos seis meses em que estive em França. A minha matriz de jogo era completamente diferente da que tinha em Portugal, porque tinha outros jogadores à disposição”, afirmou relativamente ao sistema tático e forma de jogar que quer incutir, abordando depois a necessidade de o clube voltar a uma dinâmica vencedora.
“Gosto da pressão. É positiva, faz-me crescer, faz-me estar desconfiado. Com a pressão lido bem, não tenho problemas. Estou preparado. Passei por grandes clubes como jogador e, neste momento, como treinador, é o maior clube que já representei. Tenho esse know-how do mundo do futebol, percebo esses momentos. Os jogadores estão extremamente pressionados comigo no dia-a-dia. Sabem disso”, atirou.
“Reforços, vendas? São saídas que terei a oportunidade de falar com o presidente. A seu tempo falaremos e vão-se aperceber do trabalho que vai ser feito. Percebo o momento de dificuldade de todos os clubes. Com certeza irão sair jogadores, mas será falado com a direção. Uma coisa é certa, vamos ter um FC Porto muito competitivo no próximo ano”, finalizou, antes de abordar a dinâmica das camadas jovens.
“Formação? Dou muita importância. É importante para o futuro dos clubes. Fui formado no FC Porto, antigamente era mais difícil ter uma oportunidade na equipa principal. Sou um treinador atento à formação, porque está sempre associada a uma grande ambição e conhecimento dos valores do FC Porto. Já fiz o trabalho de casa dos jogadores promissores e, num futuro próximo, podem ser incluídos na equipa principal”, terminou.
Conosaba/noticiasaominuto
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