quarta-feira, 17 de abril de 2024

Guiné-Bissau com 60 ME para combater paludismo, tuberculose e sida

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em parceria com o Governo da Guiné-Bissau, através do Ministério da Saúde Pública, realizam lançamento oficial do Fundo Global, de cerca de 60 milhões de euros, para o ciclo de subsídios 7, para Paludismo, HIV e Tuberculose…

A Guiné-Bissau dispõe de 60 milhões de euros nos próximos três anos para combater o paludismo, tuberculose e sida, com medidas que abrangem todo o país e serviços gratuitos para a população, foi hoje anunciado.

O paludismo continua a ser a maior preocupação e a esta doença é destinada metade da verba prevista, com o propósito de contribuir para eliminar aquela que é também conhecida como malária e que, nos últimos três anos, registou uma diminuição da prevalência de seis para três por cento na Guiné-Bissau.

O período de vigência da subvenção de 60 milhões de euros disponibilizados pelo Fundo Mundial, através do Fundo Global de Combate à Sida, Tuberculose e Paludismo é de três anos e o financiamento e será aplicado no âmbito da parceria entre o Governo da Guiné-Bissau e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O lançamento da subvenção foi feito hoje, em Bissau, num seminário que se prolonga por três dias e que reúne várias entidades para discutir a atual situação e os desafios do país sobre aquelas que são apontadas como as três principais doenças na Guiné-Bissau.

A malária é a que mais mata, segundo a informação disponibilizada na abertura do seminário, mas os dados estatísticos são "encorajadores", com uma diminuição da prevalência para metade, nos últimos três anos, embora continuem a existir regiões mais afetadas como Bafatá e Gabu.

O financiamento do Fundo Mundial prevê que "todos os serviços de diagnóstico e tratamento serão fornecidos gratuitamente a toda a população".

"Fortalecer a resposta nacional" às três doenças que "ceifam milhares de vidas" é o propósito global desta parceria durante o período de 2024 a 2026.

De acordo com o diagnóstico feito pelo gestor do portefólio para a Guiné-Bissau do Fundo Global, Bruno Viana, o país africano enfrenta "desafios no combate" a estas três doenças.

No caso da sida, "apesar dos progressos, a prevalência da doença continua a ser significativa e a níveis percentuais mais elevada que nos países vizinhos".

Na realização de testes, foram identificados "problemas estruturais e institucionais no transporte das amostras", sendo apontado como "uma das prioridades" a melhoria deste processo, nos próximos três anos.

A tuberculose e a malária continuam ainda a afetar mais as populações cronicamente desfavorecidas, com a malária a ser uma ameaça, especialmente nas zonas rurais e nas ilhas.

Apesar das dificuldades, é sublinhada a "diminuição da incidência, um aumento do número de pessoas em tratamento, mais acesso à profilaxia e algum progresso no reforço de saúde a nível da cadeia de aprovisionamento".

O ministro da Saúde da Guiné-Bissau, Domingos Malu, esteve na cerimónia de lançamento da subvenção e reconheceu o papel do Fundo Mundial no apoio ao desenvolvimento sanitário.

O governante espera que, até 2026, a Guiné-Bissau melhore os valores percentuais relativamente às três principais doenças.

Conosaba/Lusa

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