quarta-feira, 15 de novembro de 2023

PR guineense lamenta espancamento ao deputado acusado de filmar palácio


O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, lamentou hoje o espancamento do deputado Farid Fadul, vulgo Cuca, alegadamente por militares do palácio da República, mas esclareceu que aquele estava de fato a filmar aquelas instalações.

Sissoco Embalo comentou este assunto à margem de uma visita que realizou à avenida Amílcar Cabral, onde, na quinta-feira, irá presidir às festividades para marcar o 50º aniversário da independência do país.

O Presidente guineense disse que pelas imagens que viu hoje e feitas pelo drone do deputado Cuca Fadul, do Partido da Renovação Social (PRS), no Governo, o aparelho estava a 300 pés por cima do palácio da República.

Normalmente, elementos do corpo de segurança proíbem as filmagens naquele edifício na praça dos Heróis Nacionais, no centro de Bissau.

O deputado disse, em conferência de imprensa, na segunda-feira, que foi espancado na noite de sábado por homens que o próprio disse serem do palácio da presidência da República quando estava a filmar a avenida Amílcar Cabral através de um drone.

Umaro Sissoco Embalo disse ter falado hoje pessoalmente com Cuca Fadul, filho do ex-primeiro-ministro guineense, Francisco Fadul, a quem transmitiu que lamentava toda a situação que classificou de um "lamentável incidente".

"Lamentamos o que aconteceu com o deputado, que é inaceitável com qualquer outro cidadão. Se algo de anormal ocorrer que a pessoa seja conduzida à polícia", defendeu o chefe de Estado guineense.

Umaro Sissoco Embalo também condenou o que classificou de "aproveitamento político" de alguns dirigentes do país ao mesmo tempo que afirmou que os autores do espancamento ao deputado estão detidos.

Quanto à acusação do PRS em como o deputado foi espancado e levado ao palácio da República por agentes de segurança daquela instituição, Sissoco Embalo disse que não corresponde à verdade.

"Ele foi levado para o palácio pelos agentes da polícia, quando estava a ser procurado por militares do palácio", esclareceu Embalo que enaltece o fato de o próprio deputado ilibar o Presidente de qualquer responsabilidade pelo sucedido.

Conosaba/Lusa

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