Riade – Os apelos à contenção aumentam em meio à intensificação dos combates em torno de hospitais em Gaza, enquanto a guerra desencadeada pelo ataque mortal do Hamas a Israel a 7 de outubro entra na sua sexta semana neste sábado 11 de Novembro de 2023.
Primeiro encontro entre príncipe herdeiro saudita e o Presidente iraniano desde a reconciliação
O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, e o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, encontraram-se este sábado 11 de Novembro de 2023 em Riade pela primeira vez desde que a Arábia Saudita e o Irão restabeleceram os laços diplomáticos em março, informou a agência de notícias oficial saudita SPA. A agência publicou no X (antigo Twitter) uma foto dos líderes dos dois pesos-pesados do Oriente Médio sentados um ao lado do outro à margem da cúpula de líderes árabes e muçulmanos em Gaza.
As reuniões de emergência da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) realizam-se em Riade, cinco semanas após o início da guerra desencadeada pelo sangrento ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em solo israelita, a 7 de outubro. Cerca de 1.200 pessoas foram mortas do lado israelita, a maioria civis, no dia do ataque do Hamas, segundo as autoridades israelitas. E 239 pessoas foram raptadas e levadas para a Faixa de Gaza, segundo as mesmas fontes.
Desde então, Israel tem bombardeado incansavelmente o território palestiniano controlado pelo Hamas. Mais de 11.000 pessoas, incluindo menos de 4.500 crianças, foram mortas, de acordo com o Ministério da Saúde do governo do Hamas. A Arábia Saudita "responsabiliza as autoridades de ocupação (israelitas) pelos crimes cometidos contra o povo palestiniano", disse o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman na abertura da cimeira. "Estamos certos de que a única maneira de garantir a segurança, a paz e a estabilidade na região é acabar com a ocupação, o cerco e o assentamento", acrescentou. O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, que visita a Arábia Saudita pela primeira vez desde que os dois países se reaproximaram em Março, pediu aos países islâmicos que designem os militares israelenses como uma "organização terrorista".
Israel diz querer destruir o Hamas e culpa o grupo pelo elevado número de mortos, acusando-o de usar civis como escudos humanos, o que nega o Hamas.
Por: RFI Com Conosaba do Porto
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