A Arábia Saudita acolhe a partir deste sábado, 5 de Agosto, uma reunião de conselheiros de segurança nacional e representantes internacionais sobre o conflito na Ucrânia, com o objectivo de restabelecer uma "paz justa" com base na 'Fórmula para a Paz' ucraniana.
A rica monarquia do Golfo anunciou ontem a chegada de "conselheiros de segurança nacional e representantes internacionais" para discutir a "crise ucraniana". O evento reune altos funcionários de até 30 países, muitos deles ocidentais, e também participarão África do Sul, Brasil, China e Índia, entre outras potências.
Segundo um comunicado divulgado pela agência de notícias saudita, SPA, o encontro de dois dias na cidade de Jidá insere-se "nas iniciativas e esforços humanitários do príncipe herdeiro, Mohamed Bin Salman", e dos contactos que estabeleceu "com as autoridades russas e ucranianas desde os primeiros dias da crise" desencadeada pela invasão da Ucrânia por forças russas, em Fevereiro de 2022.
O Presidente ucraniano referiu que este encontro deve permitir a realização de uma verdadeira cimeira pela paz na Ucrânia, que poderá ocorrer no Outono. Volodymyr Zelensky aproveitou a oportunidade para relembrar a posição da Ucrânia em relação a possíveis negociações de paz.
O plano de paz de dez pontos, apresentado pelo Presidente ucraniano na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Setembro de 2022 e esclarecido no G20 na Indonésia dois meses depois, prevê, nomeadamente, a restituição total da integridade territorial da Ucrânia, incluindo a Crimeia, bem como a retirada das tropas russas.
A Rússia, que não admite cedências ao território já anexado, condenou este encontro classificando-o mesmo de tentativa ocidental para criar um bloco anti-Moscovo.
Texto por:RFI
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