sexta-feira, 7 de julho de 2023

Umaro Sissoco Embaló lembra que é "chefe" em futura cohabitação

Publicado a: 07/07/2023

Em entrevista, Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, lembrou que de acordo com a Constituição guineense, o Presidente tem a última palavra e mesmo numa situação de cohabitação, em que o Governo não tem a mesma cor política que o Presidente, o "chefe" continua a ser ele.

Em entrevista à Agência Lusa e à RDP, O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse que a vitória da coligação PAI–Terra Ranka nas eleições de 04 de Junho foi "um resultado positivo", mas acrescentou que mesmo num período de cohabitação, ele continua a ser o "chefe" do país já que é isso que dita a Constituição guineense.

“Agora, o Presidente da República é Presidente da República, Governo é Governo, há separação de poderes, mas há um que é responsável perante o outro. Quando isso não se confunde, há coabitação, mas quando se confunde é um bocado complicado. O Presidente da República é o chefe, não é porque eu sou o Presidente da República, mas quem é o chefe é o Presidente da República”, afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado indicou ainda que está pronto a trabalhar com o novo Governo, que ainda não tomou posse, em benefício do país, mas que "se o primeiro-ministro não for esperto" e não houver uma boa cohabitação, o Presidente pode colocar "minas" no caminho do executivo, incluindo a exoneração do primeiro-ministro.

Quanto ao posicionamento internacional da Guiné-Bissau, Uma Sissoco Embaló diz que o país vai liderar a União Económica e Monetária do Oeste Africano, indicando que o país é mesmo candidato à liderança da União Africana quando a presidência desta organização for disputada entre os países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

"Eu tenho solidariedade e acordo dos meus colegas. Aí é que que vejo que se eu não tivesse desempenahdo bem a presidência da CEDEAO, eu nunca poderia ser candidato à presidência rotativa da União Africana", declarou.

A CEDEAO vai agora ser presidida pela Nigéria, depois de Umaro Sissoco Embaló declarar que já não tem condições internas para manter o seu mandato à frente desta organização.

Texto por:RFI
Conosaba/.rfi.fr/pt

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