quarta-feira, 5 de julho de 2023

MNE guineense enaltece papel da CEDEAO na estabilização do país e da Gâmbia

A Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional, e das Comunidades, Suzi Barbosa recebeu em audiência, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Gâmbia.
O Chefe da Diplomacia gambiano encontra-se no país para participar na 50 Reunião do Conselho de Mediação e Segurança, na 90 Sessão Ordinária do Conselho de Ministros e na 63 Sessão Ordinária da Cimeira dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO.

Discurso de abertura da Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros Cooperação Internacional e das Comunidades, igualmente Presidente em Exercício do Conselho de Mediação e de Segurança ao Nível Ministerial da CEDEAO, Suzi Barbosa.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa, enalteceu hoje o papel da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na estabilização do país e da Gâmbia, salientando que a iniciativa deve ser reforçada noutros países.

Suzi Barbosa falava hoje, em Bissau, na abertura da 50.ª sessão do Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO que, entre outros pontos, vai analisar os relatórios técnicos sobre os mecanismos para a criação de uma Força de Alerta Precoce.

Na qualidade de presidente em exercício do Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO, a ministra guineense frisou tratar-se de uma reunião "com significado especial" por estar a decorrer "pela primeira vez num Estado lusófono".

Cabo Verde e Guiné-Bissau são os dois países lusófonos membros da CEDEAO.

Sobre as iniciativas levadas a cabo pela organização nos últimos 12 meses, a chefe da diplomacia guineense destacou a estabilização na Guiné-Bissau e na Gâmbia, países onde a CEDEAO mantém forças militares em apoio às entidades de ordem e segurança locais.

A ministra exortou o Conselho de Mediação e Segurança de que a CEDEAO deverá continuar a trabalhar para "ajudar os irmãos" de países como Burkina Faso, Guiné-Conacri e Mali, "palcos de extremismo violento" e ainda com processos de transição política em curso, notou.

"Temos a responsabilidade de acompanhar e exigir o respeito pelos documentos da CEDEAO", destacou a presidente em exercício do Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO que continua a pressionar aqueles países para encurtarem os períodos de transição após golpes militares.

Aos três países, Barbosa lembrou que "cumprir com os compromissos da CEDEAO é o único caminho", referindo-se ao calendário para o retorno constitucional proposto pela organização que junta 15 Estados.

Suzi Barbosa chamou ainda à atenção dos presentes na reunião sobre a "necessidade imperiosa" de continuar a lutar contra o terrorismo na região do Sahel e no Golfo da Guiné bem como a criação e instalação da Força de Alerta Precoce "com mandato claro, meios modernos para assegurar a eficácia das suas missões", disse.

A chefe da diplomacia guineense reconheceu "o contexto difícil" do mundo, mas salientou a necessidade do financiamento, por parte dos países da organização, do seu plano de ação de luta contra o terrorismo 2020 -- 2024.

Suzi Barbosa felicitou ainda os países como a Guiné-Bissau, a Nigéria e Serra Leoa, que organizaram "eleições democráticas este ano".

Fazem parte da CEDEAO Burkina -- Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.

Na quinta e na sexta-feira realiza-se também em Bissau a reunião do Conselho de Ministros da CEDEAO, que antecede a conferência de chefes de Estado e de Governo da organização, prevista para domingo.

No sábado realiza-se a cimeira da União Económica e Monetária da África Ocidental.

Conosaba/Lusa

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