segunda-feira, 3 de julho de 2023

Figura da semana: MANUEL DA COSTA LANÇA ROMANCE POLICIAL “OS CAMINHOS DA MORTE”

[SEMANA 26_2023] O escritor, poeta e tenente coronel do exército guineense, Manuel da Costa, apresentou a sua sétima obra literária intitulada “Os Caminhos da Morte”. O romance policial recheado de suspense e drama contém 83 páginas.

“Eis um policial para chamar a razão os falcões das tabancas e com toda a modéstia, civilizadamente, calar a boca de quem pisa e manda calar o “zé-ninguém” que vive sem voz”, lê-se na capa do livro publicado no início desta semana, em Bissau.

O escritor disse na sua curta declaração ao semanário O Democrata que há uma necessidade de o governo guineense investir na cultura em geral, criando premiações literárias e outros de forma a encorajar e a dar mais performance aos atores culturais. Contudo, lamentou que hajauma fraca leitura e exortou as autoridades a criar condições para a dinamização da literatura no ensino nacional.

“Na literatura, o governo guineense publicou apenas dois livros, o “Mantenha para quem luta” e “Os Primeiros momentos da Construção”. Os livros são publicados de uma forma individual e com fundos individuais, o que não ajuda no acelerar do desenvolvimento da literatura no nosso país”, recordou.

BIOGRAFIA
Nascido em Santa-Clara, sul da Guiné-Bissau, no dia 6 de maio de 1965. Manuel da Costa é engenheiro agrônomo, formado pelo Instituto Superior de Agronomia, em Portugal. É eletromecânico de instrumentos de aviões. É militar, escritor, poeta e professor universitário. Publicou em 1992 contos e poemas nas revistas das Forças Armadas Portuguesas “O Voador e Jornal do Exército” durante o curso de formação de Sargentos em Portugal.

Em 1993 publicou dois livros, um de poesia intitulado “A Nossa Mudança”, e outro que é um conto “A Força de Vontade”. Já em 2001 publicou o livro de poesia, “Olhar de Mulher” feito em coautoria com o poeta angolano Mário António Ernesto. Em 2013, publicou dois livros, um é um romance intitulado “Maré Branca em Bulínia” e outro que é poesia denominado “Rosas da Liberdade”.

Em 2010 venceu o concurso de letras e foi autor do Hino da Conferência Nacional: “Caminhos para a Consolidação da Paz e Desenvolvimento na Guiné-Bissau”. No mesmo ano, ocupou a terceira posição na categoria de contos do prémio literário José Carlos Schwarz e já em 2011 foi o primeiro vencedor.

Já participou na elaboração dos planos estratégicos nacionais de desenvolvimento com destaque “Terra Ranka”, é fundador da ONG Nô Tchon, em 2011. Também é membro fundador, tanto da Associação de Escritores da Guiné-Bissau (AEGUI) como do Centro PEN Guiné-Bissau, na qual desempenha a função de tesoureiro. É presidente da Assembleia Geral da AEGUI.

É autor de “Lembrança” – Histórias e Contos Tradicionais da Guiné-Bissau, em 2022 e mentor e co-autor da coletânea “A força da liberdade” publicada pelos militares e paramilitares no dia 26 de novembro de 2022.

Por: Epifânia Mendonça
Conosaba/odemocratagb

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