Encerradas que são as duas cimeiras dos Chefes de Estado e do Governo da UEMOA e da CEDEAO, é justo dizer que todos os que estiveram directamente implicados nesta maratona merecem, pelo menos, duas semanas de repouso/descanso/férias, para recuperam as suas energias.
Valeu a pena, e o povo reconhece merecidamente esta grande conquista que o Presidente da Republica conseguiu, ao recolocar a Guiné-Bissau no lugar que lhe é devido no concerto das nações, lugar que conquistou à luz da grande epopeia da ímpar e gloriosa luta de libertação nacional, levada a cabo pelo PAIGC durante 11 anos consecutivos, contra o mais retrogrado dos colonialismos, o colonialismo português, sob a clarividente liderança do fundador das nacionalidades Guineense e Cabo Verdeana, Amílcar Lopes Cabral.
Ondjarama!
O mais importante nesta hora de balanço é de sabermos aproveitar os indiscutíveis ganhos saídos destas cimeiras, promovendo um dialogo sincero a franco entre os órgãos de soberania para definitivamente extirparmos do nosso seio aquele cancro que não nos tem permitido olhar para a mesma direcção, por considerações de ordem político-partidária, esquecendo que os interesses da Guiné Bissau estao acima dos egos e dos interesses muitas vezes ocultos.
Convém mencionar aqui uma nota que, embora não tirando absolutamente nada do mérito e do sucesso conseguido com este grande evento, o papel dos mídia foi aquém da dimensão do evento, pois não conseguiu revolucionar o seu modus-operandi, isto é, levar a informação aos mais recônditos cantos do país, e não só, para que cada cidadão pudesse acompanhar a par e passo a evolução dos acontecimentos.
Aí, sem apontar o dedo acusador a quem quer que seja, faltou aquela fibra patriótica dos Guineenses, que em iguais circunstancias geralmente se mobilizam como um único homem para responder, e bem alto, PRESENTE, ALIM LI!
Nao há dúvidas de que o Presidente da Republica, ficará na história da Guiné-Bissau como o Chefe de Estado que virou a nossa diplomacia do estado coma para 360 graus, em termos de reconhecimento internacional, e do resgaste daquele prestígio quase mítico de que o pais gozava o país nos primeiros anos, logo a seguir a independência nacional.
Que a população tenha correspondido aos apelos à manifestação de solidariedade, isso deve ser analisado noutro ângulo, pois a conjuntura difícil que assola o pais não permite que facilmente e espontaneamente as populações saiam à rua. Mas, não tira a cor e nem a grandeza do evento.
Esta onda de solidariedade dos presidentes Macky Sall, Bola Ahmed Tinubu, Faure Gnassingbe, George Weah, Adama Barrow, Mohamed Bazoum, Patrice Talon, José Maria Neves, o Vice-Presidente da Cote d’Ivoire, Tiemoko Meyliet Koné, da delegação da Serra Leoa, do ex-PR do Níger, Mouhamad Issoufou, é um sinal claro de que a Guiné-Bissau já voltou ao convívio das nações civilizadas, e inserido num contexto pana-fricanista, sem precedentes.
Para terminar, gostaria de lançar; de forma humilde, e como jovem preocupado com o hoje e o amanhã da minha geração, um apelo aos meus compatriotas, de que quando os eventos são de dimensão nacional e não de caracter político-partidário, devemos mobilizar-nos todos para apoiar, porque afinal quem ganha não é aquele que organiza, mas sim, a Guiné-Bissau e o seu povo.
Os meus mais sinceros votos é de que, ainda preocupado com o hoje e o amanhã da minha geração, o próximo governo se entenda com o Presidente da Republica (não obstante o plasmado na CRGB, nr 2 do art 59, sobre a separação e independência dos órgãos de soberania a na subordinação de todos eles à Constituição), trabalhando na complementaridade, para continuar esta dinâmica iniciada, mas que infelizmente não tem havido a devida correspondência por parte de um governo cujo desempenho deixa muito a desejar, salvo a diplomacia, um sector de que todos se devem orgulhar.
Haverá sim, uma coabitação sã e não “cumbossadia”, mas que cada parte reconheça noutra as suas capacidades, deixando de lado os egos, para de mãos dadas, mudarmos num tempo record o rosto desta pátria de Cabral, cujo povo tem tanto esperado para saborear os frutos da independência por que tanto se sacrificou.
PARABENS GUINE BISSAU!
VIVA PRESIDENTE UMARO SISSOCO EMBALO (MBALO BANNA)!
VIVA GUINENDADI!
VIVA GUINE-BISSAU!
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