terça-feira, 11 de julho de 2023

CIDADÃO ULA EMBALÓ DENUNCIA QUE O RAPTO E ESPANCAMENTO FOI A MANDO DO CHEFE DE SEGURANÇA DA PRESIDÊNCIA

O cidadão nacional, Amadu Ula Embaló, vítima de rapto e espancamento no passado dia 26 de junho, denunciou esta terça-feira, 11 de julho de 2023, que o espancamento de que foi vítima foi a mando do chefe de segurança da Presidência da república.

A denúncia foi tornada pública pela vítima em conferência de imprensa realizada na Casa dos Direitos, na qual pediu a abertura de um processo de investigação para que os responsáveis do crime sejam traduzidos à justiça.

Explicou que o ato do rapto e espancamento foi perpetrado por agentes da Presidência da República a mando de Tcherno Barri (Tcherninho), chefe de segurança presidencial, tendo lembrado que o ato aconteceu no dia 26 de junho quando uma dezena de homens vestidos à paisana ordenaram que os acompanhasse, sem detalhes sobre o quê e para onde iriam.

Segundo Amadu Ula Embalo, o carro onde o levaram é uma dupla cabine branca de vidros escuros com matrícula senegalesa e cheio de “Akas” e cada um dos acompanhantes tinha uma pistola e só depois deu conta que estava a ser levado para as imediações de Quinhamel, onde o espancaram com arma, paus, tubo e picadas de cano de arma nos pés.

Por sua vez, o segundo vice-presidente da Liga dos Direitos Humanos, Vitorino Indeque, considerou “ feio e vergonhoso” a conduta de violência dos direitos humanos, de cometer crimes, de raptar, de sequestrar, de espancar e de humilhar o que “consequentemente consubstancia crime na Lei guineense”.

Vitorino Indeque exigiu que haja justiça, não apenas neste caso especifico, mas também em outros casos que aconteceram ao longo dos últimos tempos, bem como pediu a serenidade na resolução da situação para permitir que as pessoas acreditem na credibilidade da instituição judiciária, porque segundo disse “só a justiça pode ajudar o país a desencorajar e dissuadir comportamentos criminosos de muita gente”.

O ativista pediu que desta vez haja uma investigação conclusiva que permita identificar os autores materiais e morais, que sejam traduzidos à justiça e responsabilizados pelos seus atos.

Vitorino Indeque pediu ao poder político que organize o setor da justiça de forma a permitir que haja identificação dos autores de vários crimes cometidos no país, porque “ são condutas que estão a denegrir a boa imagem do nosso país”.

Por: Carolina Djemé
Fotos: CD
Conosaba/.odemocratagb

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