A Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau considera que a denúncia feita pelo ministro do Turismo sobre um alegado aliciamento de menores em hotéis e apartamentos do país “afeta negativamente a imagem do país”.
O presidente da Associação, Jorge Paulo Cabral, reagia à decisão do Ministério do Turismo que obriga todas as unidades de alojamento, casas noturnas e outros espaços de lazer a instalarem câmeras de segurança nos seus estabelecimentos.
Cabral refuta a denúncia no qual afirma que tal só acaba por manchar a imagem do país.
“A Guiné-Bissau tomou uma decisão ousada mas que mancha a boa imagem do país ao nível da CPLP, CEDEAO e UEMOA porque a nossa organização desconhece a existência dos fatos denunciados pelo governante”, lamentou Jorge Paulo Cabral.
Questionado se a medida de videovigilância será cumprida, Jorge Cabral respondeu que “qualquer enquadramento legal é para ser respeitado”, embora tenha afirmado não ver grande utilidade prática na decisão.
“Qualquer lei que tem enquadramento legal é para ser cumprida, mas a nossa preocupação é que esta denúncia não existe nem corresponde à realidade por isso lamentamos a situação”, observou o presidente da Associação.
O presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares reforçou que a associação pretende um encontro com o ministro para encontrar soluções que salvaguardem o bom nome do país e do turismo nacional.
“Temos de encontrar uma saída que proteja o turismo nacional”, declarou Jorge Cabral.
Lembra-se que o ministro do Turismo, Secuna Baldé, afirmou na terça-feira, que não se pode admitir uma sociedade, em que as pessoas aproveitem de fragilidades das crianças, para desenvolver um turismo sexual no país.
RSM 27 08 2025
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