Fotos de Braima Darame
O comité central do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) apelou hoje à reconciliação e coesão interna naquela força partidária, anunciou o respetivo porta-voz.
"O 60.º aniversário do partido é um marco importante para a mudança do partido. Apelou-se à reconciliação e à coesão interna, mas nunca cedendo nos princípios e valores do PAIGC", referiu João Bernardo Vieira.
"A disciplina partidária é um princípio fundamental" do partido, acrescentou.
João Bernardo Vieira falava aos jornalistas à saída da reunião do comité central que antecede as celebrações dos 60 anos do partido, que se assinalam na segunda-feira, dia 19.
Apesar de ter vencido as eleições de 2014 com maioria absoluta, o PAIGC perdeu o controlo do parlamento devido à dissidência de 15 deputados que se juntaram à oposição.
O Presidente da República já demitiu dois governos do partido e deu posse em junho a um novo elenco formado pelo segundo partido mais votado (PRS) e por alguns dos 15 - entre os quais o primeiro-ministro, Baciro Djá.
No entanto, a turbulência tem impedido o parlamento de funcionar, prolongando uma crise política que levou os países vizinhos a intervirem.
Os presidentes da Guiné-Conacri e Serra Leoa visitaram Bissau no sábado, como mediadores da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), e propuseram um acordo que foi assinado por todos os intervenientes políticos - incluindo o PAIGC.
O documento, prevê, entre outras medidas, a criação de um governo de inclusão que funcione e garanta estabilidade até ao fim da legislatura, em 2018.
Apesar de o tema ter sido abordado, a participação do PAIGC nesse futuro governo não mereceu qualquer decisão na reunião de hoje do comité central, concluiu João Bernardo Vieira.
Lusa com Conosaba
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