O Governo da Guiné-Bissau lembrou hoje as vítimas mortais registadas na tentativa de golpe de Estado ocorrida a 01 de fevereiro de 2022 e assegurou estar "empenhado na construção de um país novo".
"Hoje, o Governo da Guiné-Bissau relembra a memória das vítimas deste bárbaro atentado e manifesta a sua solidariedade para com as famílias dos jovens heróis tombados na defesa da pátria e da democracia", refere o Governo guineense, em comunicado.
Em 01 de fevereiro de 2022, um grupo de homens armados atacou o Palácio do Governo enquanto decorria uma reunião do Conselho de Ministros, em que participava o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, bem como vários membros do Governo da Guiné-Bissau.
As autoridades guineenses qualificaram o ataque como uma tentativa de golpe de Estado, acusação defendida também pelo Ministério Público.
O ataque provocou a morte a 11 pessoas, segundo as autoridades.
"Tratou-se de um ato hediondo a mando de terceiros que atentaram contra a democracia e a mudança, pretendendo subverter a vontade popular expressa nas urnas", salienta-se no comunicado.
No comunicado, divulgado na rede social Facebook, o Governo da guineense assegura a "todos os cidadãos que continuará firmemente empenhado na senda da construção de um país novo, de um novo futuro de paz, prosperidade e contínuo progresso".
Para assinalar a data, a Liga Guineense dos Direitos Humanos voltou hoje a exigir a libertação de 17 detidos no âmbito da tentativa de golpe de Estado e reafirmou a condenação de qualquer ato de violência.
"Os cidadãos guineenses precisam de saber o que efetivamente se passou, quem são os responsáveis por estes atos e que as pessoas sejam efetivamente responsabilizadas", disse Augusto Mário Silva, voltando a exigir a libertação de 17 pessoas detidas e já mandadas libertar quer pelo Ministério Público, quer pelo tribunal de instrução, por considerar que estão "numa situação de autêntico sequestro".
O julgamento de 25 acusados no caso de 01 de fevereiro deveria ter começado a 06 de dezembro, mas o tribunal decidiu adiar o início do julgamento por não existirem condições logísticas devido às obras que decorrem em Bissau Velho, na capital guineense.
Entre os acusados que vão a julgamento, encontram-se o ex-Chefe do Estado-maior da Armada guineense o vice-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, Tchami Yala, Domingos Yogna e Papis Djemé.
Estes três últimos serão julgados à revelia por se encontrarem em fuga, disse fonte judicial.
O tribunal acusa os suspeitos de tentativa de golpe de Estado e do assassínio de 11 pessoas, na sua maioria elementos da equipa de segurança do Presidente guineense.
Conosaba/Lusa
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