A presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Aissatu Forbs Djaló, afirmou que a Guiné-Bissau continua a enfrentar o subdesenvolvimento, devido ao não envolvimento de jovens na governação, sobretudo a nível do Parlamento e nos lugares importantes da tomada de decisões.
Na visão da líder da CNJ, é necessário o envolvimento de jovens na governação para tirar o país do subdesenvolvimento.
Aissatu Forbs Djaló fez essa afirmação esta terça-feira, 27 de julho de 2021, durante a abertura dos trabalhos de participação de jovens líderes no processo de democratização no espaço político no país, realizada pela Comissão Nacional da Guiné-Bissau para a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
O encontro de dois dias (27 e 28) reúne diferentes líderes das organizações juvenis do país, tanto a nível da capital Bissau como do interior.
A presidente da CNJ defendeu que quando um país tiver a juventude como a maioria da sua população, deve refletir também sobre a sua participação no Parlamento, no Governo, nas administrações regionais, bem como em outros setores importantes.
“Infelizmente não tem sido assim na Guiné-Bissau, os jovens não têm ocupado lugares de decisão”, lamentou e disse que na Guiné-Bissau ser jovem equivale a ser “irresponsável” e logo não pode dirigir.
‘’Mas quando se pretende mobilizar a massa para escolha de deputados, envolvem jovens”.
Para o chefe da Divisão de Ciências Sociais e Humanas da Comissão Nacional de Guiné-Bissau para a UNESCO, Alexmandro Correia, com a participação ativa dos jovens na vida política do país, é possível a mudança de paradigma, porque são maioritários nos partidos políticos. Contudo, criticou que os lugares à disposição da juventude “não são relevantes”.
Por sua vez, o representante da UNESCO no Senegal, entidade financiadora do encontro, Badji Mouhamed Ahmed enfatizou que os jovens estão sempre no centro de preocupações e das atividades da sua instituição, por serem “motores da mudança no mundo e na África Ocidental em particular”.
Em termos da democracia, Badji Mouhamed Ahmed assegurou que a Guiné-Bissau está a dar grandes passos, porque no passado não havia essa dinâmica impulsionada pelos jovens líderes.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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