Bissau, 09 abr 19 (ANG) – O Presidente do Sindicato Nacional dos Marinheiros disse hoje existir práticas de “maus tractos” contra marinheiros guineenses em alguns navios de pesca, sobretudo de chineses e russos.
João Cá que falava em exclusivo à Agência de Notícias da Guiné- ANG, disse ainda que é muito frequente a prática de despedimento ou revogação unilateral do contrato pelo armador alegando pouca qualidade de prestação de serviço e falta de formação.
João Cá disse que a maioria dos marinheiros nacionais dispõe de formação prática no domínio das pescas.
Quanto aos maus tractos, revelou que o primeiro erro acontece no decurso da inspecção, explicando que os inspectores não fazem análise das condições em que os marinheiros dormem nos navios e isso tem trazido muita discussão entre o capitão dos barcos e os marinheiros.
A título de exemplo, disse que há barcos em que os marinheiros usam cartolina para dormirem, situação que considera de grave, razão pela qual pede a intervenção do Instituto Marítimo Portuário como entidade reguladora do sector para acabar com os maus tratos contra marinheiros nacionais em alguns navios de pesca.
Lamentou por outro lado a não implementação pelo Instituto Marítimo Portuário de uma das deliberações da Organização Internacional de Trabalhadores (OIT) que fixa o salário mínimo de marinheiros em valor superior a 600 dólares.
Acrescentou que este valor também foi aprovado pelo conselho de Administração do Instituto Marítimo Portuário, mas que até agora não está a ser cumprido.
Conosaba/ANG/LPG/AC//SG
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