O serviço nacional da Metrologia diz não estar em condições de prever se nos próximos dias haverá mais tempestade na Guiné-Bissau. As declarações vêm na sequência da tempestade que se verificou, na quarta-feira (27), em quase todas as zonas da Guiné-Bissau
Na quarta-feira segundo levantamentos preliminares feitos em todo o país centenas de casas foram colocados a baixo pelo vento forte e chuvas intensas que se verificaram no país. As famílias continuam sem onde morar e os sinistrados de Bissau foram recenseados no serviço nacional de protecção civil e bombeiros e esperam por apoios.
As declarações exclusivas à Rádio Sol Mansi (RSM), esta quinta-feira (29), o ponto focal da previsão sazonal climática dos serviços meteorológicos, Tcherno Luís Mendes, que continua a lamentar falta de materiais desejados.
Entretanto, o coordenador do serviço da protecção civil diz que uma equipa continua a recensear as vítimas e ainda não se sabe se origem da calamidade é por causa da mudança climática.
“Ainda não sabemos a origem da calamidade. Estamos a seguir, desde 2014, um fenómeno que decorre há quatro (04) anos no perímetro da cidade de Bissau. Estamos a tentar saber junto dos serviços meteorológicos para interpretar o fenómeno para desenvolver mecanismos de respostas e de adaptação na zona”, explica.
Segundo a protecção civil a Guiné-Bissau vive um ano particularmente destrutivo na Guiné-Bissau no componente de incêndios, inundações e ventos fortes.
A Rádio Sol Mansi (RSM) sabe que durante a tempestade, na cidade de Bissau, duas pessoas morreram (uma criança e um Jovem); a criança foi morta por um zinco nos braços da mãe que tentava fugir de dentro de uma casa que estava a cair e o jovem foi electrocutado durante a tempestade.
Na mesma senda, no hospital Simão Mendes, deram entrada 7 casos e um uma criança de seis (06) anos de idade ainda continua em estado grave a receber assistência médica.
A tempestade passou e as casas continuam descobertas e as autoridades reconhecem que as vítimas precisam de apoios urgentes.
Uma informação que a RSM ainda continua a acompanhar. Fala-se que a tempestade é a consequência da desmatação abusiva que foi realizada nas matas do país nos anos de 2012 – 2014. Muitas árvores de grande porte foram abatidas durante a devastação florestal facto que, na altura, foi fortemente criticado pelos ambientalistas que previam consequências negativas para o ambiente.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba
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