Jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social do país estão reunidos, a partir desta terça-feira (1107), e durante três dias, num encontro de sensibilização do abandono das práticas tradicionais nefastas
O encontro que decorre em Bissau quadra-se no projecto de capacitação para igualdade e empoderamento dos agentes das comunidades para pôr fim a mutilação genital feminina e ao casamento infantil e forçado e ainda na promoção de educação à saúde e aos direitos…
No acto, a sub-directora da RTP África, Carla Adão, lembra que os jornalistas têm um papel social e podem mudar o comportamento assim como a sociedade, os valores que são universais.
Segundo a jornalista internacional, os jornalistas guineenses têm ajudado a terminar com a mutilação genital feminina, mas “enquanto a praticar continuar é porque a mensagem não chega a todos”.
“A missão dos jornalistas continua e a mutilação é errada, é crime é prejudicial à saúde da mulher e da criança, por isso não há razão numa sociedade para continuar com esta pratica”, lamenta.
Carla Adão diz ainda que existem séries de questões relacionadas com a religião embora os líderes religiosos afirmam que não está escrito no Alcorão.
“Percebo que isso é a nível cultural, mas é preciso também que a sociedade perceba quando estão a fazer algo que é errado não só porque tradicionalmente se faz ou nossos antepassados faziam e nós vamos continuar a fazer, a nossa sociedade evolui de maneira que estamos a fazer coisas que não são de acordo com os nossos padrões atuais e devemos alterá-las”, explica Carla Adão que diz esperar que algumas pessoas acham que estão a manter uma tradição.
O seminário de formação dos jornalistas insere-se na agenda 2030 do Objectivo do Desenvolvimento do Sustentável e outros compromissos assumidos em matéria de desenvolvimento dos direitos humanos.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Bibia Mariza Pereira/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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