Um grupo de 12 partidos sem assento parlamentar na Guiné-Bissau pediu hoje para que os dirigentes do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), principal força política guineense, sejam sancionados por bloquearem o país.
Em comunicado de imprensa, a que a Lusa teve acesso, os partidos, esperam que a cimeira da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), a realizar domingo, na Libéria, decida impor sanções.
No entendimento dos 12 partidos, o antigo primeiro-ministro e líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, e Cipriano Cassamá, presidente do parlamento, também dirigente daquele partido, devem ser sancionados pela CEDEAO.
Esta organização deu aos políticos guineenses um ultimato de 30 dias para que respeitassem um acordo internacional, visando acabar com o impasse político que se vive no país há cerca de dois anos.
O prazo terminou no passado dia 25 de maio e a cimeira da Libéria irá analisar as medidas sancionatórias e que políticos guineenses devem ser sancionados.
O Presidente guineense, José Mário Vaz, e o primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, vão estar presentes na cimeira de Monróvia que, entre outros pontos, irá analisar a crise política na Guiné-Bissau.
O grupo dos 12 partidos pede sanções da CEDEAO contra Domingos Simões Pereira e Cipriano Cassamá também porque, referem, os dois dirigentes "são os autores morais" das manifestações de rua por parte de jovens e que já resultaram em violência.
O grupo acusa ainda aqueles dois dirigentes do PAIGC de estarem "constantemente a apelar" aos militares para que levem a cabo um golpe de Estado contra as atuais autoridades do país, lê-se ainda no comunicado.
Conosaba/Lusa
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