Relatório lançado esta sexta-feira destaca subida de um lugar no Índice de Desenvolvimento Humano; Moçambique desceu duas posições para o 180º; mundo tem 836 milhões de pessoas a viver em situação de pobreza extrema.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, lançou esta segunda-feira o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2015 com o título Trabalho como Motor do Desenvolvimento Humano. A apresentação decorreu na capital etíope Adis Abeba.
A publicação inclui o ranking que mede o Índice de Desenvolvimento Humano em 2014, que destaca Portugal entre os lusófonos. O país ocupa a posição 43 entre as 188 economias analisadas. Foi uma subida de duas posições em relação ao ano passado.
Portugal
O estudo destaca as perdas de empregos a curto prazo em Portugal devido à deslocalização de empresas, que corrsponderam a quase 55% de todas as demissões.
Entre os países avaliados, o Brasil aparece na posição 75, quatro lugares acima em relação ao documento do ano anterior. O país é mencionado pelo Programa Bolsa Família como exemplo de ação para alargar programas de proteção social.
Cabo Verde subiu uma posição para o lugar 122 e mantém a melhor colocação entre os lusófonos africanos. Timor-Leste ocupa o 133º lugar, São Tomé e Príncipe o lugar 143 e a Guiné-Bissau baixou uma posição, de 147 para 148.
Angola e Moçambique
Angola continua na posição 149, e no relatório é citada entre os países com progressos com impacto interno nos últimos 20 anos. Angola teve um crescimento de mais de um terço nos seus índices de desenvolvimento humano.
Moçambique desceu da posição 178 para o 180º lugar, estando oito lugares acima da República Centro-Africana que tem o índice mais baixo. A Noruega continua a ser o país que apresenta o maior desempenho.
Pobreza Extrema
O documento destaca um “momento de grandes mudanças no mundo do trabalho que afetam o momento, o lugar e a forma como as pessoas trabalham”.
Dos 7,3 mil milhões de habitantes do planeta, 3,2 mil milhões estão integrados em postos de trabalho enquanto os outros estão envolvidos na prestação de cuidados, no trabalho criativo, voluntário ou de outra espécie.
A nível global há 836 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema, uma queda em relação aos 1,9 mil milhões registados há 20 anos.
Mortalidade Infantil
No mesmo período, a taxa de mortalidade infantil caiu em mais de metade, tendo os óbitos de menores de cinco anos reduzido de 12,7 milhões para 6 milhões.
Mais de 2,6 mil milhões de pessoas conseguiram ter acesso a uma fonte melhorada de água potável e outros 2,1 mil milhões a instalações sanitárias melhoradas.
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