CEDEAO recomendou fim da medida de prevenção contra o Ébola. Autoridades reforçam medidas de vigilância junto das populações.
O anúncio foi feito esta quinta-feira o ministro da presidência do Conselho de Ministros guineense - Baciro Djá, numa declaração aos jornalistas no final de uma reunião do Conselho de Ministros com alguns parceiros internacionais do país, onde se falou essencialmente da questão da reabertura da fronteira.
A Guiné-Bissau fechou a fronteira com a Guiné-Conacri desde Agosto para evitar o alastramento do vírus Ébola que tem causado várias vítimas mortais naquele país francófono. "O Governo decidiu, numa iniciativa politicamente ponderada, reabrir as fronteiras com a república vizinha e irmã da Guiné-Bissau no dia 9 deste mês", de forma faseada, "nalguns pontos", declarou Baciro Djá. De acordo com o porta-voz do Governo, serão reforçadas medidas de vigilância e também será solicitado um "maior envolvimento" das populações das zonas fronteiriças como forma de manter o estado de alerta.
Os chefes de Estado da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental recomendaram, na sua última cimeira realizada no Gana, a reabertura das fronteiras com os países mais afetados pela doença - Guiné-Conacri, Serra-Leoa e Libéria - como forma de se evitar a estigmatização das suas populações.
A reunião desta quinta-feira do Conselho de Ministros serviu igualmente para o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, agradecer a solidariedade da comunidade internacional na implementação da estratégia do país para prevenção do vírus, do qual não há registo na Guiné-Bissau. "Felizmente, até hoje, a doença não chegou ao nosso país e oxalá que assim continue", observou ainda o porta-voz do Governo de Bissau.
A coordenadora residente do sistema das Nações Unidas, a portuguesa Maria do Valle Ribeiro, apoiou a decisão do Governo e reiterou o apoio às iniciativas do executivo no âmbito dos esforços de preparação de uma resposta face à eventualidade de a doença chegar ao país. A responsável enalteceu a importância do reforço da capacidade do país ao nível da supervisão e de controlo nos pontos de entrada a partir da Guiné-Conacri.
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