Bissau - O Governo da Guiné-Bissau continua ter muitas dificuldades em pôr fim ao abate de árvores por parte de algumas empresas que, nos últimos anos, operam no país no sector de madeiras.
O facto foi constatado esta quarta-feira, 20 de Agosto, na cidade de Bissorá, norte da Guiné-Bissau, onde empresas exploradoras de madeira continuam a funcionar com normalidade.
Em declarações à PNN, Pedro Wagna, da Brigada de Protecção da Natureza e Ambiente da Guarda Nacional, disse que foi confrontado com esta empresa pertencente a um cidadão de nacionalidade gambiana, informando sobre as instruções dadas pelo Governo sobre o fim do abate e exportação de madeiras no país.
«Eles vieram aqui e informaram-nos de que têm instruções para poder levar madeiras, portanto informei o meu chefe, que disse que esta empresa não pode efectuar carregamentos», disse Pedro Wagna.
Sobre o assunto, Samuel Fernandes, porta-voz do Ministério da Administração Interna, disse que o Governo está perante uma violação das suas instruções.
«Quero dizer que estamos aqui perante uma violação de instrução do Governo, em que este proíbe todas estas actividades, portanto é surpreendente e estranho que de facto esteja a acontecer», lamentou.
O responsável informou ainda que os camiões e atrelados encontrados no carregamento de madeiras em Bissau vão ser conduzidos para a capital, onde os infractores serão responsabilizados.
O porta-voz do Ministério da Administração Interna destacou que o sucedido em Bissorá foi uma falta de responsabilidade dos elementos da Guarda Nacional em serviço, contudo apelou ao Governo no sentido de apoiar com mais meios de trabalho, como forma de melhorar fiscalização.
De referir que, a 21 de Julho, o ministro da Administração Interna, Botche Candé, ordenou todas as viaturas porta-contentores no sentido de procederem à descarga das suas madeiras e colocarem fim a esta prática até próximas orientações, o que tem sido pouco cumprido.
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