quinta-feira, 31 de julho de 2014

MOÇAMBIQUE: DETENÇÃO DO PORTA-VOZ DA RENAMO "TEM CUNHO POLITICO"


Maputo, - A detenção de António Muchanga, porta-voz da Renamo, principal partido da oposição moçambicana, no dia 07 de Julho, tem um cunho político e não judicial, disse nesta quinta-feira à Lusa em Maputo a advogada do político, Alice Mabota.

Muchanga foi detido após o Conselho de Estado retirar-lhe a imunidade de que beneficiava enquanto conselheiro, a pedido da Procuradoria-Geral da República, por indícios de incitação à violência, na qualidade de porta-voz da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana).

"Aquela detenção é política e não judicial, porque os elementos usados para a sua detenção foram extraídos de comunicados políticos que ele leu", disse Alice Mabota, que não se alongou em questões processuais, alegando o segredo de justiça.

Mabota afirmou que o porta-voz da Renamo está bem de saúde e goza dos seus direitos de prisioneiro, na cadeia de máxima segurança de Maputo, vulgo BO, onde está encarcerado.

"O único direito de que está privado é a liberdade", frisou a advogada, que é também presidente da Liga dos Direitos Humanos (LDH).

Nos seus pronunciamentos como porta-voz da Renamo, António Muchanga afirmou que o movimento iria reactivar as bases que usou em todo o país, durante a guerra civil de 16 anos, terminada em 1992, como forma de responder a um alegado plano do exército de matar o líder do partido, Afonso Dhlakama.

Dhlakama até agora está num lugar incerto algures no centro do país, desde Outubro passado, quando o seu acampamento foi tomado pelas Forças de Defesa e Segurança.

António Muchanga comunicou igualmente o levantamento de um cessar-fogo que a Renamo havia decretado unilateralmente, além de, regularmente, ter anunciado números de alegadas baixas sofridas pelo exército em confrontos com os homens armados da Renamo.

As Forças de Defesa e Segurança moçambicanas têm-se envolvido em confrontos com o braço armado da Renamo, na sequência da crise política e militar que se vive no país, desde finais de 2012.

Os confrontos causados pela crise, inicialmente provocada por divergências em torno da lei eleitoral, já ultrapassadas, e depois devido a desentendimentos em torno do desarmamento da Renamo, já mataram um número indeterminado de pessoas e causaram a destruição de veículos em trânsito na principal estrada do país.

portalangop.co.ao

AMERICA LATINA ENDURECE POSIÇÃO CONTRA OPERAÇÃO DE ISRAEL EM GAZA

Durante a 46ª cúpula do Mercosul, os presidentes dos países do bloco expressaram sua posição contra os ataques de Israel à população palestina e exigiram um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Roberto Stuckert Filho/PR

RFI

Enquanto os Estados Unidos continuam vendendo munições ao exército israelense e autoridades europeias tentam relativizar a sangrenta operação Limite Protetor com inócuos pedidos de cessar-fogo em Gaza, países da América Latina figuram como os maiores críticos do governo de Israel até o momento. Hoje (31), a Bolívia foi além dos protestos e incluiu Israel na lista de "estados terroristas". 

A Bolívia, que rompeu suas relações diplomáticas com Israel em 2009, após a violenta operação “Chumbo Fundido”, já havia feito um pedido à ONU para que abrisse um processo contra Tel Aviv de crime contra humanidade, logo nos primeiros dias da atual ofensiva. Ontem, o presidente boliviano, Evo Morales, declarou que incluiu Israel na lista de "países terroristas". 

“Israel não é um Estado que garante os princípios de respeito à vida e os direitos básicos para a coexistência pacífica e harmoniosa na comunidade internacional”, afirmou Morales. “Nós declaramos Israel como um Estado terrorista”, ratificou. 

Outros países reagiram à continuidade das violências contra os civis em Gaza nos últimos dias. O Chile classificou as operações militares israelenses como uma “agressão coletiva contra a população” da região. Já o Peru diz estar profundamente decepcionado com a violação dos vários cessar-fogos dos últimos dias e a continuidade da operação militar de Israel em Gaza. 

Na terça-feira (29), durante uma reunião privada da 46ª cúpula do Mercosul, na Venezuela, os integrantes do bloco divulgaram um comunicado contra os ataques à população palestina e exigiram um cessar-fogo. Além do presidente venezuelano Nicolás Maduro, assinaram a declaração os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, do Brasil, Dilma Rousseff, do Uruguai, José Mujica, do Paraguai, Horacio Cartes, e da Bolívia, Evo Morales. 


Brasil critica Israel 

Na semana passada, o governo brasileiro condenou "energicamente" o uso desproporcional da força de Israel na Faixa de Gaza, "do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças". Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil também reiterou seu chamado a um imediato a uma trégua. Além disso, Brasília convocou seu embaixador em Tel Aviv para consultas. 

O porta-voz do governo de Israel, Yigal Palmor, ironizou a posição brasileira. "Desproporcional é perder uma partida de futebol por 7 a 1", disse, em entrevista ao Jornal Nacional. Já em declaração ao The Jerusalem Post, Palmor, afirmou que a convocação do embaixador brasileiro em Israel "era uma demonstração lamentável de como o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático". 

As declarações do governo israelense contra o Brasil não intimidaram outros países da América Latina, como Equador, Chile, Peru e El Salvador que convocaram igualmente seus embaixadores em Tel Aviv para consultas. 

Desde o início da operação 

A reação dos países latinos não é tardia. Desde o começo da ofensiva israelense contra o movimento islâmico Hamas em Gaza, vários países do continente americano já haviam se posicionado contra o governo de Israel. Uma semana após o início dos ataques, o ministério mexicano das Relações Exteriores pediu a proteção dos palestinos e condenou o uso da força e a operação militar. 

Há três semanas, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, classificou a ofensiva de "guerra de exterminação" contra o povo palestino. Já em Cuba as autoridades pediram que "a comunidade internacional exija que Israel cesse a escalada de violência". Ambos os países também romperam as relações com Tel Aviv em 2009

Logo nos primeiros dias da operação Limite Protetor, o ministério das Relações Exteriores do Uruguai condenou a "resposta desproporcional" dos israelenses aos tiros lançados pelos palestinos. Em meados de julho, o Equador "condenou com energia todos os atos de violência" na região e pediu "o fim imediato das hostilidades". 

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PRIMEIRO-MINISTRO GUINEENSE ADMITE POSSIBILIDADE DE CONCORRÊNCIA NA ROTA AÉREA BISSAU-LISBOA



Bissau, 30 jul (Lusa) - O primeiro-ministro da Guiné-Bissau admitiu  a possibilidade de abrir à concorrência a rota aérea entre a capital do país e Lisboa, explorada exclusivamente pela TAP Air Portugal.

"A única forma de influenciarmos os bilhetes é promovendo a concorrência. Temos que ser capazes de pensar nisso, temos que ser capazes de criar alternativas", referiu Domingos Simões Pereira numa conferência de imprensa em que foi confrontado com queixas de clientes da companhia aérea portuguesa.

Os governos de Portugal e da Guiné-Bissau assinaram na segunda-feira um protocolo na área da segurança que permite à TAP reativar a rota a partir de 28 de outubro - depois da suspensão por força do embarque forçado em Bissau de 74 passageiros ilegais em dezembro.

Algumas queixas colocadas até então prendiam-se com o elevado preço dos bilhetes entre Lisboa e Bissau (a rondar os mil euros por cada passagem de ida e volta, para uma viagem de pouco mais de três mil quilômetros, inferior a quatro horas), assim como com os horários.

Tais questões "são do âmbito estritamente empresarial: isso compete à TAP" e o governo só pode intervir promovendo "a concorrência" no espaço aéreo, referiu Simões Pereira.

"Assinámos o acordo, mas o nosso secretário de Estado dos Transportes e Comunicações continua em Portugal e está em reuniões de trabalho com o seu homólogo, a passar em revista um conjunto de questões", sublinhou o chefe de governo guineense.

A exploração da rota Bissau - Lisboa - Bissau "faz-se ao abrigo de um acordo aéreo" entre os dois Estados e "é por isso importante que as autoridades façam a revisão desse contrato para se poder aproximar dos padrões universais", sublinhou Simões Pereira.


No acordo, a exploração pertence à TAP e caberia a uma transportadora guineense, que na prática não existe.

"Ao falarmos da retoma dos voos da TAP, também estamos a falar do interesse do governo da Guiné-Bissau em exercer os direitos que lhe assistem de explorar essa mesma rota", acrescentou.

Segundo Domingos Simões Pereira, trata-se de um tema que está "na agenda" do governo, com várias opções a equacionar.

LFO // EL

PND MADEIRA PASSOU À "CLANDESTINIDADE REVOLUCIONÁRIA"


Na sequência da recente decisão do Tribunal do Funchal de condenar os membros do PND que ocuparam em 2011 as instalações do 'Jornal da Madeira' (JM), membros do Partido da Nova Democracia convocaram os jornalistas esta manhã para uma declaração onde apareceram encapuzados.

Leram um comunicado, não houve direito a perguntas, no qual referem que "após uma longa discussão interna", o PND Madeira "decidiu passar hoje à clandestinidade revolucionária, já que o opressivo regime político que vigora na região torna completamente impossível o exercício dos nossos legítimos direitos democráticos".

No cartaz colocado na parede pode ler-se "liberdade" em basco (Askatasuna) e uma referência ao 'Jornal da Madeira', "o pasquim", de acordo com a nota, que é "suportado por dinheiros públicos, utilizado pelo regime jardinista e sua oligarquia com o único objetivo de se perpetuar no poder", "perseguindo adversários políticos e controlando as massas".

O PND tem um deputado eleito no Parlamento regional da Madeira.

DN

O GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU SUSPENDEU TODOS CONTRATOS DE EXPLORAÇÃO DE AREIA



Bissau - O Governo da Guiné-Bissau suspendeu todos os contratos de exploração de areia assinados pelo executivo de transição com três empresas que já estavam a operar em três localidades do país, disse quarta-feira fonte judicial.

Em despachos a que a agência Lusa teve acesso, a Comissão de Recursos e Resoluções de Litígios da Autoridade de Regulação dos Concursos Públicos do Ministério da Justiça, dá conta da decisão anunciada para ter "efeito imediato"

Ficam sem efeito as licenças de exploração de Varela, concedida à empresa russa Poto Sarl, da praia de Cachalame, em Calequisse, concedida à empresa Bionert Sarl, e a as jazidas de Caio, exploradas pela empresa Carlos Alberto Barbosa. 

As três localidades situam-se no norte da Guiné-Bissau e as jazidas estão em zonas de praias. 

As areias de Calequisse e de Caió são de utilização para construção civil e eram exploradas por empresas guineenses. 

Segundo o despacho da Autoridade de Regulação dos Concursos Públicos todas as três licenças foram concedidas sem concursos públicos de acordo com o Código de Procedimentos Administrativos. 

A exploração das areias tem sido criticada pelos habitantes das três localidades que acusam as empresas de desrespeito pelo ambiente. 


PROIBIDAS CIRCULAÇÕES COM VIDROS ESCUROS, COM MATRICULAS ESTRANGEIRAS E SEM MATRICULAS


Bissau, 30 Jul 14 (ANG) -O Governo da Guiné-Bissau, através da Secretaria do Estado de Ordem Publica, voltou a anunciar a proibição de circulação de viaturas com vidros escuros ou as que não dispõe de chapas de matrículas e também as que circulam com matrículas estrangeiras.

A decisão em vigor desde terça-feira, 29 e Julho vem expressa num comunicado da Secretaria do Estado de Ordem Pública, a que ANG teve acesso.

O Governo alegou no comunicado que os veículos com vidros escuros dificultam a visibilidade de passageiros no seu interior.


O comunicado recordou que a referida decisão saiu da reunião do Conselho de Ministros de 13 de Abril de 2000 e foi promulgado pelo ex-Presidente da República Koumba Yala, em 27 de Abril do mesmo ano.

O incumprimento desta medida, implica a tomada de medidas legais da parte do Ministério da Administração Interna”, avisou o governo através desse comunicado assinado pelo actual Secretario de Estado da Ordem pública, Doménico Sanca.

Não é a primeira vez que as autoridades guineenses tentam proibir a circulação de viaturas nas condições visadas. Consta que são as próprias autoridades civis e militares que não as cumprem. 



GUINE-BISSAU CONFIRMA 13 CASOS DE CÓLERA NO SUL E DOIS ÓBITOS


O diretor-geral da Prevenção e Promoção da Saúde Pública da Guiné-Bissau, Nicolau Almeida, disse hoje à Lusa que 13 pessoas foram infetadas com cólera no sul do país, duas das quais morreram.

Os casos registados até aqui aconteceram na região de Tombali, na aldeia de Calak, junto à fronteira com a Guiné-Conacri.

«Apesar de tudo, a situação está sob controlo», salientou Nicolau Almeida, destacando que as infeções e os óbitos foram referenciados desde o início de julho.

O responsável acrescentou que a cólera não chegou a Bissau, nem a outras zonas do país e disse estar em curso um plano de vigilância permanente.

Na zona afetada, a região sanitária de Calak, existe uma equipa de «resposta rápida» munida de medicamentos e material de assistência, indicou Nicolau Almeida.

Questionado sobre o facto de a cólera ser recorrente naquela aldeia, o responsável do ministério da Saúde Pública guineense defendeu que tal poderá estar ligado à proximidade com a Guiné-Conacri, onde a doença «é quase endémica».

«Não se fez um estudo para se ter uma ideia concreta sobre os motivos, mas a cólera é quase que endémica na vizinha república da Guiné-Conacri, que é próxima da região de Tombali, pode ser por isso», observou Nicolau Almeida.

O facto de a zona ter dificuldades para o acesso à água potável de qualidade também poderá explicar a frequência de doenças diarreicas, sublinhou.

Diário Digital com Lusa

OPERAÇÃO MONTE BRANCO: PGR NEGA QUE SÓCRATES ESTEJA SOB INVESTIGAÇÃO


No seguimento da notícia avançada pela revista Sábado, que dá conta de que José Sócrates esteja a ser investigado por alegado envolvimento no caso Monte Branco, a Procuradoria-Geral da República emitiu um comunicado, dizendo que o ex-primeiro-ministro não está sob investigação.

O Ministério Público emitiu um comunicado em que esclarece que José Sócrates não está sob investigação e não se encontra entre os arguidos do caso Monte Branco.

O esclarecimento foi feito no seguimento da notícia avançada pela revista Sábado (que vai para as bancas esta quinta-feira, mas que cuja capa já foi divulgada), que dava conta de que o ex-primeiro-ministro estaria a ser investigado e poderia vir a ser detido para interrogatório.

A Sábado indicava também que as autoridades já tinham quebrado o sigilo bancário e fiscal de José Sócrates.



noticiasaominuto.com

RUSSIA RESPONDE A LETRA AS SANÇÕES DA UE E DOS EUA COM AMEAÇAS




Considerando as sanções ontem aplicadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos como "anti-russas" e "ilegítimas", Moscovo ameaça com um aumento dos preços da energia.

"As consequências para Washington desta desta política destrutiva e míope serão muito concretas", diz um comunicado do Ministério das Relações Exteriores russo, em respostas às sanções ontem anunciadas devido ao apoio ativo que a Rússia tem prestado aos rebeldes no leste da Ucrânia e à "falta de cooperação" de Moscovo em ajudar os investigadores a aceder ao terreno onde estão os destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu, alegadamente atingido por um míssil.

Este comunicado diz ainda que as medidas anunciadas pela União Europeia "levarão inevitavelmente a um aumento dos preços da energia na Europa".

Criticando as sanções "anti-russas" e "ilegítimas", Moscovo critica de forma invulgar a política da União Europeia. "Não se baseia em factos verificados, é ditada por Washington", considera, referindo que as medidas refletem "a incapacidade da União Europeia em desempenhar um papel autónomo nos assuntos mundiais".

As sanções impostas ontem são as mais severas aplicadas contra Moscovo desde o fim da guerra fria. Apesar de desvalorizadas oficialmente por Moscovo, a comunidade empresarial russa receia uma recessão e um isolamento da Rússia a longo prazo.

Energia, armas e financiamento são as áreas em que que os Estados Unidos vão aplicar novas sanções, segundo anunciou ontem o presidente Barack Obama, salientando, contudo, que não está envolvido numa "nova guerra fria" com a Rússia.

DN

PAULO TORRES ACREDITA EM VITORIA DA GUINE-BISSAU NA PRE-ELIMINATÓRIA DA CAN2015


Bisssau, 29 jul (Lusa) - O selecionador da Guiné-Bissau, o português Paulo Torres, mostrou-se hoje confiante "num bom resultado" diante do Botsuana no jogo da segunda mão da pré-eliminatória da Taça das Nações Africanas (CAN2015).

"Com o apoio do nosso público aqui no estádio e com o desempenho dos nossos jogadores, acredito num bom resultado", disse Paulo Torres, após a primeira sessão de treinos tendo em vista o jogo agendado para sábado, no Estádio 24 de Setembro, em Bissau

No acesso à fase de grupos de qualificação para a CAN2015, a realizar no Egito, a Guiné-Bissau perdeu por 2-0 no jogo da primeira mão realizado há duas semanas em Gaberone (capital do Botsuana).

http://visao.sapo.pt/

PORTUGAL ENVIA 15 TONELADAS DE MEDICAMENTO PARA GUINE-BISSAU PREVENIR "Ébola"


Portugal vai enviar 15 toneladas de medicamentos para apoiar a Guiné-Bissau na prevenção do Ébola e outras epidemias, anunciou, esta quarta-feira, o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira.

"Recebemos confirmação do Governo português da disponibilização de 15 toneladas de medicamentos para que o Ministério da Saúde esteja em condições de ter um programa de emergência e acompanhamento da situação de Ébola", bem como de outras "eventuais epidemias", referiu.

O líder do Governo falava numa conferência de imprensa após deslocações oficiais realizadas desde dia 16 de julho a Bruxelas, Díli e Lisboa.

A ajuda deve chegar ao país "nos próximos dias", acrescentou Domingos Simões Pereira depois de ter tratado do assunto com as autoridades durante a passagem pela capital portuguesa.

O envio surge depois de a Guiné-Bissau ter "lançado um SOS para reposição do 'stock' de medicamentos, tendo em vista o programa de emergência para a epidemia de Ébola que assola a África Ocidental".

Questionado sobre as medidas que o país está a preparar para se defender, o líder do Governo guineense anunciou um plano de urgência "de que consta um programa de prevenção sanitária que tem merecido a atenção especial dos responsáveis na área da saúde", referiu.

jn.pt

“DOCUMENTÁRIO DE JORGE CORREIA CARVALHO SOBRE INSTRUMENTO KORÁ” TAMBÉM FOI APRESNTADO, ESTE SÁBADO PASSADO NO PORTO


Associação de Estudantes da Guiné-Bissau no Porto apresentou um documentário sobre instrumento musical “Korá” este sábado passado, 26 de Julho de 2014, no Seminário de Vilar (Pastoral Universitária) Porto.

O Presidente da Associação de Estudantes no Porto, Quintino Conha N’saie deu boas vindas aos presentes e agradeceu a disponibilidade de todos. Pediu imensas desculpas aos presentes, porque apresentação que estava previsto iniciar 16 horas, só se iniciou as 17 horas por motivos da ordem técnica.

Motivo de orgulho de nações que nasceram de tribos sem fronteiras existem discrepâncias sobre a origem deste instrumento, com os diferentes países a reclamarem-no como seu. Mas é durante o apogeu do Reino de Kaabú que muitas das lendas sobre a invenção do korá se cruzam. E Kansala, a cidade berço deste imponente reino, localizava-se numa área que atualmente pertence à Guiné-Bissau.

O korá é um instrumento de cordas tradicional dos povos Mandingas da África Ocidental, tendo uma caixa-de-ressonância feita de cabaça e suas cordas eram originalmente feitas de pele de antílope com um braço que sustenta até 21 cordas, e nos certos casos mais. Símbolo da sabedoria divina, cuja pureza ultrapassa e penetra quase tudo.

O documentário sobre instrumento musical “korá” foi apresentado pelo próprio Actor, Jorge Carvalho. Em poucas palavras contou como conheceu (através dum colega guineense com quem trabalhou numa empresa) e teve contacto com instrumento que lhe fascinou muito interesse e começou a pesquisar pelos canais próprios, até quando descobriu o músico tradicional do instrumento “korá” o Braima Galissa, a viver em Lisboa. A partir daí nunca mais parou! Realizou uma viagem a Guiné-Bissau (Gabú e Kansala) com os seus próprios meios, (sem apoio financeiro de instituições) na companhia do músico Braima Galissa para saber mais da origem instrumento “korá”. Na vinda para Portugal ofereceram-lhe um instrumento “korá” que ele próprio viu a fabricarem de raiz.

Habituaram-nos a ver fotos e vídeos (guerras, lixos, crianças mal nutridas, palhotas etc. etc.) horríveis da Guiné-Bissau, desta vez foi diferente! O vídeo da reportagem tem 70 minutos de duração e foi elucidativo. Vi paisagens lindas da Guiné e boa gente testemunhando em Crioulo e, em dialeto Mandinga sobre aparecimento e a criação do instrumento “Kora”. Vale apena rever esta reportagem muitas vezes, se for preciso, para matar saudades da terra! Todos presentes ficaram contentes e agradeceram o trabalho feito pelo “Duo” Jorge Carvalho/Braima Galissa. O vídeo continha (um acerto) de imagem na década de 60 dos antigos músicos tradicionais de “Kora”: entre eles, estava o avô do Braima Galissa a tocar ao vivo o hino Português de início ao fim. A custa disso, o avô do Braima Galissa foi convidado a vir ‘especialmente’ a Metrópole pelo governo Português na década de 60! Todos presentes na sala ficaram perplexos a ver “a nossa gente” a tocarem hino nacional português sem saber ler e escrever e nem tão pouco estudaram na escola da música!

No fim da apresentação do vídeo, debateu-se um pouco sobre o “DOCUMENTÁRIO"


Os presentes: agradeceram e questionaram
Também teve presente Historiador e Investigador Guineense, o Dr. Julião Soares Sousa em representação (a pedido deste) do Cônsul Honorário da Guiné-Bissau no Porto. Em poucas palavras falou da diversidade cultural rica que o nosso país tem! Agradeceu a todos presentes e, em exclusivo enalteceu a presença do antigo amigo de Coimbra Dr. Filomeno Pina. Por último, agradeceu e realçou o trabalho do Jorge Carvalho e do Braima Galissá.






O Dr. Filomeno Pina, também agradeceu bastante e enalteceu o bom trabalho feito por Jorge e Braima Galissa. Fez lembrar do antigo músico tradicional de “Kora”, o falecido Queba Galissa (irmão do Braima Galissa) com quem chegou de cantar (juntos) após independência na Guiné-Bissau.


Galissá nasceu em Gabu, no Leste da Guiné-Bissau, capital do antigo império de Gabú.

Galissá é o nome de uma família de "djidius" (músicos hereditários) que tocam kora. O instrumento entrou na vida do guineense aos cinco anos de idade.
Disse ele: "Aprendi a tocar kora desde a minha infância no meio dos meus pais e da minha família. Nasci no meio disso",

José Braima Galissá reivindicou que a Kora foi criada em Gabu, na Guiné-Bissau, e "não no Mali ou no Senegal" e defende uma nova abordagem do instrumento, hoje.

Também, Mamadú “Du”, Pate Cabral Djob e o Engº. Eustácio Fonseca agradeceram e questionaram o trabalho do Jorge Carvalho e Braima Galissa

No fim de tudo, o Presidente da Associação, Quintino Conha agradeceu a todos presentes e anunciou o espetáculo-Jantar no “Café Kora” no Porto, onde iria atuar o músico Braima Galissá e o Zeca, antigo músico da banda “Mama-Djombo”.



Assim aconteceu:


 Pela noite fora!









MINISTRA DA DEFESA NACIONAL, DRª. CADI MANE INTEIRA-SE DA SITUAÇÃO DAS UNIDADES MILITARES DE bISSAU



Bissau, 29 Jul 14 (ANG) – A Ministra da Defesa Nacional, cadi Seidi visitou hoje três unidades militares da capital nomeadamente, Serviço Material e Transportes, Zona Militar Central e a Marinha de Guerra Nacional, tendo-se inteirado da real situação das mesmas.

Falando aos jornalistas sobre o estado dos quartéis, a ministra disse que encontrou algumas unidades em estado de degradação e considerou desagradáveis as condições humanas em que se vive em outras unidades.

A ministra ressalvou que apenas na Marinha encontrou um ambiente mais agradável com algumas reparações pontuais, exemplo de uma boa gestão que na sua opinião deve ser seguido por todas as unidades.

Referindo-se ao seu plano de trabalho Cadi Seidi referiu que vai prosseguir visitas à todas as unidades militares do pais para o registo dos seus estados em termos de infraestruturas, recursos humanos, equipamentos, necessidades de formação e de assistência sanitária.

Nas unidades visitadas a Ministra deixou recomendações aos chefes militares locais no sentido de continuarem a trabalhar e cuidar bem dos poucos recursos que lhes são disponibilizados, na esperança de que os melhores dias virão.

Cadi Seidi é acompanhada nessas visitas pelo actual chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, o general Antonio Injai. ANG/MSC/SG

terça-feira, 29 de julho de 2014

MINISTRO ALEMÃO PROPÕE FIM DA EXPORTAÇÃO DE ARMAS PARA PAÍSES COMO ANGOLA




O ministro da Economia e vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, quer travar a exportação de armas para países que não pertençam à União Europeia e à NATO. Vender barcos patrulha a Angola já não seria uma opção no futuro.

A exportação de armamento é um negócio importante no país da chanceler Angela Merkel. A faturação anual das vendas ao exterior ronda os seis mil milhões de euros. Mas em Berlim pondera-se agora proibir qualquer fornecimento de armas a países que não pertençam à União Europeia (UE) e à Organização do Tratado do Atlântico Norte, NATO. Limitar a venda de armas a países da UE e da NATO impediria que elas acabassem por chegar a países que não cumprem os critérios democráticos e de respeito dos direitos humanos exigidos pela Alemanha. É claramente, por exemplo, o caso de Angola.

Este país não é dos clientes mais assíduos da indústria de armamento alemã, recebendo sobretudo material para a desminagem. No entanto, recentemente, manifestara algum interesse em adquirir barcos de patrulha da Alemanha, no que fora encorajado pelo Governo de Berlim. O negócio acabou por não se realizar, mas, de futuro, segundo a vontade do ministro Sigmar Gabriel, ele nem sequer seria uma hipótese.

"Não podemos exportar armas nenhumas para esses países, a não ser que interesses de segurança especiais da Alemanha nos permitam abrir uma exceção", disse o ministro social-democrata da Economia.

Esta seria uma mudança radical na política de exportação de armamento de Berlim. Em 2013, 60% das vendas externas destinaram-se a países fora da Aliança Atlântica e da União Europeia, como a Arábia Saudita, a Argélia e a Indonésia. Isto, apesar da lei alemã proibir a exportação para zonas de crise ou Governos que possam usar as armas para oprimir a população.

Sequelas económicas nefastas?

Evidentemente, os planos do ministro não são universalmente bem aceites na Alemanha. A indústria do armamento vê os seus interesses lesados. Alguns analistas vêem possíveis consequências nefastas para a economia germânica.

"Na Alemanha, há entre 80 000 a 100 000 postos de trabalho diretamente dependentes desta indústria, entre os quais muitos que exigem profissionais de alta tecnologia muito especializados", comenta o perito em matéria de armamento, Thomas Wiegold. "Não se pode dizer ao certo quantos desses postos de trabalho desapareceriam caso as regras de exportação fossem agravadas."

O ministro Gabriel tem que contar também com a resistência dentro da coligação governamental com a União Cristã-Democrata da chanceler Merkel (CDU) e a União Cristã-Social (CSU), o partido-irmão bávaro.

O ministro-presidente da Baviera e chefe da CSU, Horst Seehofer, já protestou contra os planos do seu colega no Governo. É na Baviera, de resto, que se encontram algumas das maiores fábricas de armamento na Alemanha.

O ministro Gabriel não pretende abandonar a indústria à sua sorte. Prova disso é a proposta que fez recentemente de que fossem prestadas ajudas a fabricantes de armamento europeias que tenham de renunciar a fornecimentos por causa de sanções impostas pela política a países terceiros.

Gabriel não deixou de criticar os parceiros franceses por insistirem em fornecer armamento à Rússia, apesar das sanções em vigor por causa da atuação de Moscovo no conflito na Ucrânia.

"A exportação de armamento não pode ser um instrumento da política económica. Deve ser um instrumento da política externa e de segurança. E se não tivermos muito cuidado, depressa se transforma num negócio com a morte", afirmou o ministro social-democrata.

dw

PIB DA GUINE-BISSAU DEVE CRESCER 2,7% ESTE ANO, NOVE VEZES MAIS QUE EM 2013



Bissau, 29 jul (Lusa) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da Guiné-Bissau cresça 2,7% este ano, nove vezes mais que os 0,3% de 2013, anunciou hoje o chefe da missão que esteve sete dias no país.

"Espera-se que que a atividade econômica acelere este ano, no contexto dos melhores preços de exportação de caju e do restabelecimento do apoio de parceiros internacionais", referiu Maurício Villafuerte em conferência de imprensa.

A missão estima que, "após um crescimento de 0,3% em 2013, o PIB alcance um crescimento de 2,7% em 2014", sublinhou.

Na prática, a taxa de evolução prevista para este ano é nove vezes superior à do ano transato.

Um dos pontos de viragem aconteceu nas últimas semanas, com a tomada de posse de um Governo e Presidente eleitos, em substituição dos órgãos que tomaram o poder com o golpe de Estado de 2012.

O FMI destacou a confiança dos bancos regionais que já permitiu ao novo executivo a emissão de 22,8 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro e considera que há "uma perspetiva favorável" para se conquistar "o rápido restabelecimento do apoio dos doadores internacionais" - condição essencial para o Governo "alcançar plenas condições operacionais".

O executivo espera levar ao parlamento, o mais tardar em setembro, um orçamento geral do Estado para o que resta de 2014 que, tanto o chefe de missão do FMI, como o ministro das Finanças e Economia, Geraldo Martins, querem que seja "totalmente financiável".

"A aprovação de um orçamento totalmente financiável para 2014 constitui um elemento decisivo para que se possa introduzir disciplina orçamental, aliada à complexa implementação de medidas que visam melhorar a gestão de Tesouraria e o controlo da execução orçamental", defendeu hoje Maurício Villafuerte.

Nova missão estará na capital guineense em setembro para preparar um programa de apoio ao país, depois de o último empréstimo do FMI, no valor de cerca de três milhões de euros e previsto para o período de 2011 a 2013, ter sido interrompido com o golpe militar de 2012.

"Para apoiar financeiramente a Guiné-Bissau, um novo empréstimo terá que ser desenhado com base no programa de médio prazo que o Governo está a preparar", referiu Maurício Villafuerte.

Geraldo Martins destacou que o objetivo do executivo "é ter um programa com o fundo o mais rapidamente possível", porque "os parceiros de desenvolvimento vão sentir-se mais confiantes em apoiar o país".

"Existem várias janelas no FMI que a Guiné-Bissau pode utilizar, vamos tentar perceber qual a que nos pode facilitar rapidamente a adoção de um programa", concluiu o ministro das Finanças e Economia.

LFO // VM

Lusa/Fim

MÉDICOS FAZEM CESARIANA A MULHER MORTA NO CONFLITO (ISRAELO-PALESTINIANO)



Os médicos conseguiram fazer nascer uma bebé, apesar de a mãe ter morrido uma hora antes, sob os escombros da casa, destruída pelos bombardeamentos israelitas.

A mulher, 23 anos, e o marido ficaram gravemente feridos durante um dos bombardeamentos levados a cabo pelo exército israelita na Faixa de Gaza. Quando as equipas de socorro chegaram, já estavam sobre os escombros da sua própria casa há uma hora. Já a caminho do hospital, a mulher acabou por morrer, mas os médicos aperceberam-se que estava grávida e optaram por realizar uma cesariana.

A bebé, que tem o nome da mãe, Shaïma al-Cheikh Qanane, salvou-se, mas ainda necessita de acompanhamento intensivo, uma vez que nasceu às 36 semanas de gestação.

"Esta criança está em estado crítico e precisa de estar ligada ao ventilador, pois foi privada de oxigénio entre a morte da mãe e o seu nascimento", explicou o médico, Abdel Karim-al Bawab.

A situação da bebé é "estável", mas terá de ser acompanhada, pelo menos, durante três semanas.

"Deus protegeu esta criança para mim", afirmou a avó, Mirfat Qanane, citada pela AFP. "A minha filha está morta, mas tenho uma nova filha. Ela chamar-me-á mamã como fazia a mãe dela", acrescentou, dividida entre a alegria de ser avó pela primeira vez, aos 43 anos, e a tristeza pela morte da filha.

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ANUNCIAR REDUÇÃO DE TRAFICO DE DROGA (DJAMBACATAM) NA GUINE-BISSAU PODE SER "PREMATURO"



Lusa 29 Jul, 2014, 11:01


Quaisquer declarações que apontem para uma redução do tráfico de droga na Guiné-Bissau ou noutros pontos da África Ocidental "devem ser consideradas prematuras, na melhor das hipóteses", alerta a organização suíça International Relations and Security Network (ISN).

A conclusão surge num artigo intitulado "O tráfico de droga em evolução na Guiné-Bissau e África Ocidental" publicado na segunda-feira no portal da ISN, na Internet.

O documento é da autoria de Davin O`Regan, investigador no Africa Center for Strategic Studies (agência especializada do Departamento de Defesa Americano) que contraria as posições assumidas por representantes das Nações Unidas no país desde 2009.

Apesar de as considerar "compreensíveis" face à diminuição de grandes apreensões de droga e face à ausência de outras evidências, considera que "uma análise mais aprofundada sugere que a complacência com o tráfico de droga na Guiné-Bissau deve ser evitada".

Por um lado, "incidentes anteriores indiciam que os traficantes podem ter ligações enraizadas no país e a maioria tem conseguido operar sem recear consequências, pelo que não têm razões para se afastar de um ambiente propício ao negócio".

Os países da África Ocidental continuam a ser "Estados fracos" e a falta de grandes apreensões "pode apenas refletir o uso de técnicas mais avançadas pelos grupos locais e uma mais meticulosa cooptação de órgãos chave na estrutura estatal", sublinha.

O artigo destaca a dimensão regional do tráfico de droga, "a operar através de diversas rotas e redes".

A partir de informação detalhada disponível publicamente, conclui que os estupefacientes "circulam através de uma variedade de Estados africanos, incluindo a Guiné-Bissau e seus vizinhos" - pelo que, quando o fenómeno parece desaparecer num país e surgir noutro, trata-se apenas uma adaptação pontual de rotas que têm vários percursos alternativos na região.

"Em vez de estar a diminuir, a extensão e impacto do tráfico de droga na África Ocidental pode estar subestimada", refere.

O documento analisa detenções passadas para realçar outro aspeto: os contactos africanos não serão apenas facilitadores de circulação de droga da América do Sul para o resto do mundo, mas serão eles próprios traficantes com o seu mercado.

"Mesmo que os traficantes estrangeiros fossem afastados da Guiné-Bissau, parece haver operadores locais com ligações fortes ao mercado de narcóticos, com contactos e capacidade para manter o seu ímpeto", destaca o artigo.

No documento publicado na segunda-feira, o autor recorda o relatório apresentado em junho pela Comissão do Oeste Africano sobre as Drogas (WACD, sigla inglesa), segundo o qual a "guerra" contra a droga "falhou" e a região é "uma nova placa giratória do tráfico mundial de droga".

Citando os valores do conselho de segurança das Nações Unidas no fim de 2013, a comissão estima que "o valor anual da cocaína em trânsito no oeste de África ronda 1,25 milhões de dólares, um montante largamente superior ao orçamento anual" de vários estados da região.

A WACD, criada pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, e pelo ex-presidente nigeriano Olusegun Obasanjo, é composta por vários ex-dirigentes políticos africanos, como o ex-presidente cabo-verdiano Pedro Pires e o ex-secretário da Organização de União Africana Edem Kodjo.


AFRICA 'PROSPERA' é CRUCIAL PARA ESTABILIDADE DO MUNDO, PALAVRAS DO OBAMA


África 'próspera' é crucial para estabilidade do mundo, diz Obama

O presidente americano, Barack Obama, declarou nesta segunda-feira que a futura estabilidade do mundo está ligada à prosperidade e à autossuficiência das nações africanas.

"A segurança, a prosperidade e a justiça que buscamos no mundo não podem ser obtidas sem uma África forte, próspera e autossuficiente", disse Obama em um discurso a líderes da juventude do continente.

"Na próxima semana, serei anfitrião de um fato histórico: a cúpula de líderes de Estados Unidos e África. Será a maior reunião já sediada por um presidente americano a chefes de Estado e de Governo africanos", comemorou.

A cúpula reunirá em Washington cerca de 50 líderes africanos. Quase todos estarão presentes, salvo figuras-pária como Robert Mugabe, do Zimbábue, e Omar al-Bashir, do Sudão.

Nascido nos Estados Unidos, filho de pai queniano e de mãe americana, Obama é o primeiro presidente de seu país com ascendência africana. Em diferentes ocasiões, já foi acusado de dar as costas às relações com o continente.

br.noticias.yahoo.com

KPMG APROVA CONTAS DO BES ANGOLA MAS QUESTIONA EMPRÉSTIMO E AUMENTO DE CAPITAL

Álvaro Sobrinho foi presidente executivo do BESA até ao final de 2012

Mais de um terço dos créditos do banco angolano, equivalente a três mil milhões de dólares, estão ligados a actividades imobiliárias.

O Banco Espírito Santo Angola (BESA) recebeu uma garantia soberana irrevogável do Estado angolano no valor de 5700 milhões de dólares para cobrir empréstimos duvidosos no final de 2013, mas nem assim as contas do ano passado passaram incólumes pelo auditor.

Entre as reservas da KPMG Angola, datadas de dia 4 deste mês, estão empréstimos de um valor equivalente a 384 milhões de euros concedidos em 2013 a cinco entidades, no âmbito do financiamento de projectos imobiliários. De acordo com o relatório do auditor, o nível de capitais próprios das sociedades em causa “é significativamente reduzido quando comparado com o nível de investimento”.

Além disso, a KPMG diz que não conseguiu “confirmar a capacidade financeira de geração de cash-flows“ destes projectos, de modo a poder concluir “que a maioria dos riscos e benefícios associados a estes projectos pertencem aos detentores de capitais destas sociedades”. A empresa, que diz ter tido acesso à discriminação das sociedades ligadas ao grupo bancário, afirma não conseguir “se o perímetro de consolidação do banco deveria incluir” as cinco sociedades em causa.

A questão da falta de transparência dos financiamentos do BESA foi, aliás, a razão que levou a intervenção do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, quando avançou, a 31 de Dezembro de 2013, com a emissão de uma garantia válida por 18 meses no valor de 5700 milhões de dólares (4243 milhões de euros).

Este valor, que corresponde a cerca de 72% dos créditos concedidos pelo BESA (7894 milhões de dólares, a que se somam mais 240,3 milhões de provisões para créditos já registados como sendo de liquidação duvidosa), cobre créditos concedidos sem controlo.

De acordo com o Expresso, que cita uma reunião protagonizada entre o actual presidente executivo, Rui Guerra (no cargo deste o início de 2013) e os accionistas no final de Outubro de 2013, há 4100 milhões de dólares que foram concedidos a vários grupos de clientes sem que se conheça os verdadeiros beneficiários.

Depois, há ainda 1624 milhões que o Expresso diz serem “clientes da administração identificado”. Ainda de acordo com o mesmo jornal, o ex-CEO, Álvaro Sobrinho, que geriu o banco durante uma década (saiu em meados do ano passado após ter passado a presidente não executivo), terá beneficiado de um valor total de 745 milhões. Ao semanário, Álvaro Sobrinho afirmou que sempre actuou de acordo com as práticas vigentes no banco e “em conjunto com o conselho de administração” do BESA.

Forte exposição
O total dos créditos concedidos pelo BESA estava em 8135 milhões de dólares no final do ano passado, mais 1,1 mil milhões do que em 2012. Deste valor, mais de um terço, equivalente a três mil milhões, foi canalizado para “actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas”, seguindo-se as “actividades financeiras”, responsáveis por empréstimos de 1869 milhões. O BESA é um banco com um forte endividamento, já que o rácio de transformação de depósitos em créditos ronda os 180%.

Sobre a garantia bancária concedida por Eduardo dos Santos, a KPMG sublinha que esta cobre a exposição da instituição, embora recorde que, à data de Dezembro de 2012 (a que se reporta uma auditoria independente), “não foi possível obter a identificação efectiva das operações de crédito que foram objecto de reestruturação e do grupo económico em que cada cliente se insere”, pelo que fica por conhecer a devida adequação das provisões. Além disso, a KPMG tem ainda reservas sobre algumas deduções fiscais e sobre parte do aumento de capital realizado em 2013.

No primeiro caso, refere-se que o BESA tem vindo “a considerar dedutíveis, nos exercícios até 2011, proveitos financeiros associados a operações com o Estado angolano”, sem que apresente dados que comprovem se tal está “alinhado com a legislação angolana”.

No segundo caso, sobre o aumento de capital, a maior parte foi em dinheiro (500 milhões de dólares), mas outra, mais pequena (cerca de 19 milhões de dólares), foi através de uma actualização monetária do capital já realizado, “reconhecido por contrapartida do exercício”. Uma estratégia que a auditora diz não estar conforme as regras, fazendo com que o capital social esteja actualmente sobrevalorizado.

Actualmente, o BES tem 55,7% do capital, a Portmill (ligada ao General Manuel Hélder Vieira Dias Júnior, conhecido por Kopelipa) detém 24% e a Geni (ligada a o general Leopoldino Fragoso do Nascimento, “Dino”) é dona de 18,99%.

publico.pt/

segunda-feira, 28 de julho de 2014

MUÇULMANOS NA GUINÉ-BISSAU FECHAM RAMADÃO DESTE ANO COM UM FERIADO EM VEZ DE DOIS


As comunidades islâmicas da Guiné-Bissau vão celebrar hoje o final do Ramadão em vez de o fazerem em datas diferentes, como no último ano, em que o governo teve de decretar dois dias de feriado nacional.

Para alguns crentes, o final do Ramadão (período do calendário religioso de jejum e abstinência) acontece passados 30 dias, enquanto para outros é necessário observar a mudança de fase lunar, disse à agência Lusa fonte religiosa.

Uma comissão conjunta das comunidades islâmicas anunciou na última madrugada que a oração que celebra o fim daquele período será feita hoje por todos.

Agência Lusa