Considerando as sanções ontem aplicadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos como "anti-russas" e "ilegítimas", Moscovo ameaça com um aumento dos preços da energia.
"As consequências para Washington desta desta política destrutiva e míope serão muito concretas", diz um comunicado do Ministério das Relações Exteriores russo, em respostas às sanções ontem anunciadas devido ao apoio ativo que a Rússia tem prestado aos rebeldes no leste da Ucrânia e à "falta de cooperação" de Moscovo em ajudar os investigadores a aceder ao terreno onde estão os destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu, alegadamente atingido por um míssil.
Este comunicado diz ainda que as medidas anunciadas pela União Europeia "levarão inevitavelmente a um aumento dos preços da energia na Europa".
Criticando as sanções "anti-russas" e "ilegítimas", Moscovo critica de forma invulgar a política da União Europeia. "Não se baseia em factos verificados, é ditada por Washington", considera, referindo que as medidas refletem "a incapacidade da União Europeia em desempenhar um papel autónomo nos assuntos mundiais".
As sanções impostas ontem são as mais severas aplicadas contra Moscovo desde o fim da guerra fria. Apesar de desvalorizadas oficialmente por Moscovo, a comunidade empresarial russa receia uma recessão e um isolamento da Rússia a longo prazo.
Energia, armas e financiamento são as áreas em que que os Estados Unidos vão aplicar novas sanções, segundo anunciou ontem o presidente Barack Obama, salientando, contudo, que não está envolvido numa "nova guerra fria" com a Rússia.
DN
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