segunda-feira, 7 de abril de 2014

SÓCRATES DESAFIA DURÃO A EXPLICAR-SE SOBRE BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS


José Sócrates desafiou esta noite Durão Barroso a explicar que conhecimentos tinha o então primeiro ministro sobre o caso BPN, quando alertou o governador do Banco de Portugal, Vitor Constâncio.

José Sócrates considera que houve um "ataque pessoal" ao atual vice-presidente do Banco Central Europeu que visa "branquear" os crimes de fraude do banco de Oliveira e Costa com a alegada falta de supervisão do Banco de Portugal. Se Durão " tinha suspeitas" por que razão "não afastou as pessoas ligadas ao BPN" em vez de as nomear para cargos políticos e partidários?", questionou.

Sobre a situação do País em 2011 (faz hoje três anos que foi pedido o apoio financeiro à comissão europeia), Sócrates voltou a afirmar que a intervenção só aconteceu devido ao chumbo do PEC IV. E mais. Mantém que Portugal não estava à beira da bancarrota.

"Os 300 milhões (euros) que o dr. Durão Barroso faz referência (na entrevista ao Expresso) dizem respeito a uma previsão que as autoridades apresentaram no final de março (2011) depois de pagos os salários, as pensões, o funcionamento do Estado", disse o ex-primeiro ministro no seu espaço de opinião na RTP1.

Na realidade, sublinhou, o que sobrou no final de março foram 800 milhões de euros. Por isso considera que "infeliz", uma "caricatura", a afirmação de Barroso.

Para Sócrates, o presidente da comissão europeia "pretende acompanhar a história da direita segundo a qual o país e o Estado estava à beira da bancarrota. E isso é apenas uma mentira. O que motivou o pedido de ajuda externa foi o facto de não termos conseguido ir ao mercado para fazer a renegociação da dívida como fazem todos os países", o que aconteceu depois do chumbo do PEC IV e também porque os ratings dos bancos estavam diminuidos. Aliás, reiterou, a entrada da troika em Portugal, a austeridade "sem peso nem medida" acontece porque "tudo isto começou com o chumbo do PEC IV" para acrescentar que Barroso enquanto presidente da Comissão não conseguiu dar resposta à crise europeia.

http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3799428

Sem comentários:

Enviar um comentário