O debate iniciou-se às 17h, (sábado,
05 de Abril) no Seminário Vilar (Rua Arcediago Vanzeller, Nº50, Porto. O debate
superou todas as expectativas…e que grande impacto teve! Mais uma vez, muito
obrigado a direcção de Associação de Estudantes da Guiné-Bissau no Porto, “estão
de parabéns”!
Presidente Associação de
Estudantes Guineenses no Porto, Elizanda Sanca, “Eli”, iniciou o debate,
dizendo: boa tarde a todos. Em meu nome, e em nome da Associação de Estudantes
da Guiné-Bissau no Porto, agradeço a presença de todos, agradeço o Dr. Julião
Soares Sousa, mais uma vez, por ter aceitado o nosso convite para este debate
importantíssimo. Antes de passar a palavra ao moderador-conselheiro da nossa
associação, o Dr. Filomeno Lourenço de Pina, vou dizer em poucas palavras sobre
o percurso (da vida) do nosso orador convidado Dr. Julião Sousa.
Julião Soares Sousa é
natural de Bula (República da Guiné-Bissau), licenciou-se em História, pela
Universidade de Coimbra em 1991, é o primeiro guineense a concluir o mestrado
em 1996 e o Doutoramento em 2008 nesta mesma Universidade. Foi professor
convidado no mestrado em Estudos Africanos no Departamento de Antropologia da
Universidade de Coimbra, e do Mestrado e pós-graduação em Segurança, Defesa e
Resolução de Conflitos do Instituto Superior de Ciências da Informação e da
Administração de Aveiro. Tem proferido mais de quatro dezenas de conferências
em Portugal e no estrangeiro (Espanha, França, Hungria, Dinamarca,
Guiné-Bissau, Brasil e Cabo Verde).
Entre os livros, artigos e
colaborações em obras coletivas destacam-se:
- Amílcar Cabral “Vida e
Morte de um Revolucionário Africano” (em 2012, foi distinguido com o prémio
Fundação Calouste Gulbenkian.
- “Um Novo Amanhecer”,
Coimbra 1996
Quando Moderador Dr.
Filomeno Pina entrou em cena, pediu logo a todos presentes que levantassem para
homenagear (2 minutos de silêncio) a morte do Dr. Kumba Yalá, o antigo presidente da República da Guiné-Bissau, o
seu amigo de longa data e da sua família,
assim aconteceu.
Em seguida: o Dr. Filomeno
Pina fez uma breve síntese da razão pelo qual associação escolheu o tema: sobre
a vida e a obra de Amílcar Lopes Cabral dizendo que as pessoas julgam que
conhecem a vida e a obra, do fundador da nacionalidade guineense e cabo-verdiana.
Disse ele: aí é que se enganam...Dr. Julião fez um profundo estudo de
investigação científica sobre Amílcar Cabral, por isso, pediu silêncio na sala e, passou rapidamente a bola ao orador.
O Dr. Julião agradeceu com
um amplo sorriso ao seu antigo amigo de Coimbra, cumprimentou a todos presentes
e a direção (a organização) da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau no
Porto. Depois de uma pequena conversa com os presentes... Fez-se ouvir através
de um gravador “DEK” a verdadeira voz do Amílcar Cabral entrevistado em 1966 na
Argélia, por jornalista Manuel Alegre (Poeta), ao serviço de rádio Portugal
Livre “voz da liberdade”. Ouvimos durante 25 minutos, um belo discurso
emocionante e empolgante do Amílcar Cabral. Fiz um enorme esforço para não
chorar, por ser um “Cabralista” nato. Porque pensar no Amílcar Cabral, é “pensar
no futuro do povo”.
Fez-se ouvir através de um gravador “DEK” a voz do Amílcar Cabral entrevistado em 1966 na Argélia, por jornalista
Manuel Alegre (Poeta), ao serviço de rádio Portugal Livre “voz da liberdade”.
Ouvimos durante 25 minutos, um belo discurso emocionante e empolgante do
Amílcar Cabral. Fiz um enorme esforço para não chorar, por ser um “Cabralista”
nato. Pensar no Amílcar Cabral, é “pensar no futuro do povo”.
Depois de escutarmos a voz do
Amílcar Cabral, O Dr. Julião reforçou de novo o seu pensamento e sua estratégia de
unificação do durante a luta armada. Debateu-se um pouco de tudo desde, nascimento do Amílcar Cabral, fundação do PAIGC, relação do Amílcar Cabral com
os outros Movimentos de Luta da Libertação, também debateu-se muito, o início
da luta armada na Guiné-Bissau, a luta contra regime fascista do Salazar
(ouvimos o discurso do Amílcar Cabral a dizer que: a luta não é contra o povo
português, mas sim contra colonialismo português), debateu-se também, quem
matou Amílcar Cabral? A relação da Guiné-Bissau e Cabo Verde antes e depois da
independência etc. etc.
No fim, o “DUO” cabo-verdiano Nelson Carvalho e Jaime Zizi deram uma guitarrada aos presentes cantando “Cabral ca mori”
Foi tão bom, tão bom...até
que o antigo músico o Dr. Filomeno Pina pegou na guitarra cantou e encantou
toda gente na sala.
Eram 19h e 45m, quando
Elizanda Sanca, a Presidente de Associação deu por encerrado o debate,
agradecendo a presença e a disponibilidade de todos.
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