O Presidente norte-americano anunciou hoje investimentos em África na ordem dos 30 mil milhões de dólares (cerca de 22,5 mil milhões de euros), de origem pública e privada, apelando aos responsáveis locais para criarem o ambiente político propício.
"Os Estados Unidos investem maciçamente, no longo prazo, no progresso de África", afirmou Barack Obama, lamentando que só 1% das exportações norte-americanas se destinem à África subsaariana, no segundo dia da Cimeira EUA-África, que reúne em Washington mais de 40 chefes de Estado e de governo africanos.
Obama, reconhecendo o atraso na ligação dos Estados Unidos a África, quando comparados com a Europa ou a China, destacou os grandes grupos norte-americanos Marriot, Coca-Cola e General Electric e as suas intenções de investir 14 mil milhões de dólares nos setores da energia, água, hotelaria, construção, banca e tecnologias da informação, enquanto a banca internacional e a Suécia vão aplicar cerca de 26 milhões de dólares no setor do abastecimento de eletricidade.
"Como Presidente, tornei claro que os Estados Unidos estão determinados em serem parceiros no sucesso do continente africano, bons parceiros, iguais e para muito tempo. Não olhamos simplesmente para os recursos naturais de África. Reconhecemos o continente pelo seu grande recurso que são as pessoas, o seu talento e potencial", afirmou o primeiro líder americano negro, com origens no Quénia.
O Presidente norte-americano incitou ainda os líderes africanos a impedirem que a corrupção ou as disputas políticas eventualmente violentas prejudiquem tais ganhos.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, alertou também os representantes de África presentes na capital federal que os extremistas ameaçam o 'boom' (explosão) económico, sendo a juventude local especialmente vulnerável, exemplificando com os casos de grupos islamitas como o Boko Haram, na Nigéria, e o Shebab, na Somália e no Quénia.
dn
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