domingo, 10 de agosto de 2014

«CASO BES» "SE UM ESCÂNDALO DESTE GÉNERO SE PASSASSE LÁ FORA - POR EXEMPLO, NOS ESTADOS UNIDOS - A ESTA HORA JÁ HAVERIA ALGUÉM DETIDO


Em Portugal, é o que se vê", protestou ontem Marques Mendes, comentando na SIC as incidências semanais do "caso BES".

O ex-líder do PSD - que há uma semana foi quem antecipou detalhadamente a decisão que o Banco de Portugal anunciaria domingo - considerou a parte da atuação da Justiça no "caso BES" foi a "de que menos se falou esta semana" - "e todavia, é a parte em que falta agir".

"Tudo o que se passou no BES é um caso de Justiça" e "ninguém compreende que não se investigue com rigor, profundidade e rapidez", "custe o que custar" e "doa a quem doer" porque "a culpa não pode morrer solteira" e "ninguém compreende que se demore uma eternidade a agir e a ter resultados. Quanto mais tarde pior".

Portanto, sabendo-se que estes "casos sofisticados exigem grandes meiostécnicos e humanos" é de esperar que o MP, se precisar de meios adicionais, os peça ao Governo" e que este "não demore a concedê-los". A "impunidade" seria "fatal".

Mendes criticou ainda todos os partidos por, esta semana, na AR, não terem criticado de "forma clara" Ricardo Salgado e a família Espírito Santo pela "gestão ruinosa" do banco. Dizendo não saber se este silêncio foi "por medo, interesse, falta de coragem ou falta de independência", concluiu: "Às vezes [os deputados]não se enxergam, não se dão ao respeito".

O comentador da SIC analisou também uma entrevista ao Expresso onde o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, sugeriu cenários de "ingovernabilidade" caso o Tribunal Constitucional (TC) chumbe as medidas de contenção orçamental que estão presentemente a ser analisadas (cortes salariais na Função Pública, nova taxa permanente sobre as pensões, etc).
dn

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