O líder da coligação PAI–Terra Ranka, Domingos Simões Pereira. © LUSA - ANDRE KOSTERS
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) considera que o Procurador-Geral da República (PGR) está ao serviço do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló. A acusação surge depois de o líder do partido, Domingos Simões Pereira, ter sido convocado pelo Ministério Público.
Em comunicado, o PAIGC alega não haver nenhum processo judicial contra o também presidente da Assembleia Nacional Popular e denuncia intenções políticas.
O partido considera a convocação do seu líder através de um “edital erróneo” uma forma de denegrir a imagem de Domingos Simões Pereira.
Para o PAIGC é de lamentar que o Procurador-Geral da República pense que o poder do Ministério Público se sobrepõe a outros poderes da República, sobretudo os de natureza política.
O partido repudia qualquer tentativa de instrumentalização do Ministério Público para fins políticos e chama a atenção da comunidade internacional para a actuação do Procurador-Geral, Bacari Biai, a quem acusa de desmandos.
Num outro comunicado, do gabinete de Domingos Simões Pereira, enquanto presidente do Parlamento guineense, é referido que não existe nenhum processo judicial contra Simões Pereira, mas sim um processo de intenção política conduzido pessoalmente pelo Procurador, Bacari Biai.
Entretanto, as portas do parlamento guineense, actualmente dissolvido, foram reabertas na terça-feira, apenas para atendimento de expedientes e o Governo convida os funcionários administrativos do parlamento a retomar os serviços a partir desta quarta-feira. Quem não comparecer será penalizado.
Não há nenhuma indicação sobre a data em que os deputados poderão retomar os seus trabalhos. Na prática, quem orienta o funcionamento do parlamento é a segunda vice-presidente, Satu Camará, do partido Madem G-15.
Mussá Balde, Bissau
Conosaba/rfi.fr/pt/
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