segunda-feira, 13 de maio de 2024

“ NENHUMA ELEIÇÃO É O CAMINHO PARA TIRAR O PAÍS DA ATUAL SITUAÇÃO SOCIOPOLÍTICA”, diz Artur Sanhá

O antigo Primeiro-Ministro e militante do Partido da Renovação Social (PRS), Artur Sanhá diz não estar de acordo com a realização de nenhuma eleição no país, sustentando que este não é o caminho para retirar o país da atual situação sociopolítica.

O antigo governante falava, esta segunda-feira, em Bissau, numa conferência de imprensa com o propósito de abordar a atual situação sociopolítica da Guiné-Bissau e inclusive da atual liderança do PRS.

Artur Sanhá alerta ainda que caso sejam marcadas as eleições legislativas, alguns partidos políticos poderão fazer um apelo massivo para o boicote das eleições.

“ Eu não estou de acordo com nenhuma das eleições que estão a ser exigidas, porque nenhuma delas não vai nos tirar desta situação”, defendeu

No que concerne à troca de mimos no seio do seu partido, concretamente entre os inconformados com a atual direção liderada por Fernando Dias, Artur Sanhá diz não pertencer a nenhuma das alas e, no entanto, prevê que o futuro congresso deste partido só vai dar um desfecho negativo.

“ Não estou em nenhum lado, porque sei que este congresso do Partido que se avizinha terá um desfecho mau, por isso é que distanciei. Fernando Dias herdou uma situação caótica e num momento em que estava quase a explodir que agora acabou por explodir e agora cabe-lhe usar a sua inteligência caso contrário, pagará muito caro” afirmou.

Convidado a comentar os recentes acordos assinados pelo PRS com algumas formações políticas, o antigo primeiro-ministro diz que no seu ponto de vista, “ isso não passa de um sonho, mas com a proximidade das eleições, ou terá a sua destruição ou haverá falsidade”.

“Vejo que pode ser a tentativa de um sonho, mas com aproximar das eleições, ou vai destruir-se ou haverá a falsidade, estamos aqui e podemos aguardar pelos seus desfechos finais”, assegurou.

Já no que refere ao despacho do ministério do interior que proíbe as manifestações políticas e cívicas em todo o território nacional, o também antigo ministro do interior diz que o ato existe em toda a parte do mundo e as autoridades só devem criar estratégias para que tudo corra bem.

Recorda-se que no passado recente, o Ministério do Interior, através do Secretário do estado da Ordem Pública, reafirma que por enquanto vigora o despacho que impede a manifestação pública, e um dia depois a Frente Popular projeta a realização de uma manifestação pacífica agendada para o dia 18 de maio deste ano.

Por: Diana Bacurim/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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