O Partido Africano para a Paz e Estabilidade Social (PAPES) exige do Ministério Público a abertura imediata de um inquérito sobre a suposta existência de sinais de muita droga na Guiné-Bissau.
Em comunicado, o partido liderado por Malam Sissé afirmou que as denúncias feitas pelo antigo primeiro-ministro, Nuno Gomes, e a resposta do ministro do Interior, Botche Candé, demonstram a fragilidade do país na abordagem dos assuntos do Estado pela classe política nacional, que visa desviar a atenção do povo do essencial, remetendo-o à vontade e às necessidades do povo para o último plano.
O PAPES alertou sobre o perigo do descontrolo do governo, sobre a inflação dos preços dos produtos da primeira necessidade e dos bens essenciais ao combate à fome e à miséria no mercado nacional, tendo condenado a atuação da polícia da ordem pública em Mansoa contra alunos indefesos que estavam a reclamar os seus direitos legítimos de ter um Diretor à altura das exigências do cargo.
Lê-se no documento que o PAPES condena as nomeações que estão a ser feitas “sem critérios elegíveis” aos cargos administrativos da função pública, desvirtuando a natureza dos postos.
Neste particular, o partido extraparlamentar disse que é “urgente uma terceira via para tirar o país do abismo politico em que se encontra, alertando sobre a necessidade de se evitar as declarações públicas de atos visíveis dos dirigentes políticos do país que possam criar clima de medo, de ódio e violência, capaz de colocar em causa a paz e estabilidade social que tanto se almeja.
Entretanto, faz um ano desde a tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro que resultou na detenção de cerca de 40 pessoas entre milhares e civis.
Sobre o assunto, o PAPES exortou sobre a necessidade urgente e célere da realização da justiça para clarificar a situação dos detidos nos acontecimentos de 1 de fevereiro de 2022 e 1 de dezembro de 2023.
Condenou as proibições de acesso dos familiares dos combatentes da Liberdade da Pátria às instalações da Amura para homenagear Amílcar Cabral e Titina Silla.
O PAPES lembrou que o governo proibiu quaisquer manifestações no país, numa clara “violação do artigo 54° da Constituição da República, afirmando que recentemente assistiu a uma decisão de dois pesos e duas medidas, permitindo que o PRS e APU-PDGB realizassem o comício popular em Bissorã.
“Condenar com veemência todos os atos que violam a Constituição da República e de mais leis do país e que possam colocar em causa a paz e a estabilidade do país “ concluiu.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb
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