Pelo menos 29 soldados nigerinos foram mortos num ataque de rebeldes armados no oeste do país, perto da fronteira com o Mali. Trata-se do ataque mais mortífero no país, desde do golpe de Estado que derrubou o Presidente Mohamed Bazoum AFP - ISSOUF SANOGO
Pelo menos 29 soldados nigerinos foram mortos num ataque de rebeldes armados no oeste do país, perto da fronteira com o Mali. Trata-se do ataque mais mortífero no país, desde do golpe de Estado que derrubou o Presidente Mohamed Bazoum. A junta militar decretou três dias de luto nacional.
Os soldados regressavam de uma operação para "neutralizar a ameaça do Estado Islâmico no Grande Sara" quando caíram numa emboscada que combinou a utilização de engenhos explosivos improvisados e de veículos kamikaze por mais de uma centena de terroristas.
"O número provisório de mortos neste ataque é o seguinte: 29 soldados foram mortos como heróis e dois ficaram gravemente feridos", avançou o Ministério da Defesa, em comunicado, salientando que "várias dezenas de terroristas" morreram.
Trata-se do ataque mais mortífero no país, desde do golpe de Estado perpetrado pela junta militar que derrubou o Presidente Mohamed Bazoum e suspendeu a Constituição. A junta militar decretou três dias de luto nacional.
O Níger, tal como os vizinhos Mali e Burkina Faso, é palco de vários ataques perpetrados por grupo islâmicos armados.
Níger aceita mediação argelina
Ontem, o Ministério argelino dos Negócios Estrangeiros indicou ter recebido de Niamey “luz verde para a mediação argelina destinada a promover uma solução política para a crise do Níger”.
A proposta argelina, apresentada pelo Presidente Abdelmadjid Tebboune, no passado mês de Agosto, prevê discussões políticas que permitam o regresso à ordem constitucional, durante um máximo de 6 meses e sob a supervisão de uma autoridade civil chefiada por uma personalidade consensual, aceite por todos os lados da classe política.
Para apresentar este plano, o chefe da diplomacia argelina visitou três países membros da CEDEAO: Nigéria, Benim e Gana. A Argélia, que "rejeita categoricamente qualquer intervenção militar externa” no Níger, tem uma longa história de mediação ou tentativa de resolver numerosos conflitos internacionais.
Conosaba/rfi.fr/pt/
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