O primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Fernando Dias, exortou esta quinta-feira, 26 de outubro de 2023, ao governo a criação de condições para estancar a criminalidade e conflitos que se registam em todo o território nacional, caso contrário “não será possível falar da existência do estado na Guiné-Bissau”.
Fernando Dias falava aos jornalistas depois do encontro com os ministros do Interior e da Ordem Pública e da Defesa Nacional e com o Secretário Geral do Ministério da Administração Territorial, em representação do seu ministro.
As três entidades abordaram, no encontro realizado nas instalações da ANP, a situação da criminalidade, do roubo e a situação da feitiçaria.
Fernando Dias afirmou que nos últimos tempos houve aumento de casos de roubo e de disputas pelo poder tradicional, que continuam a ceifar vidas humanas.
O primeiro vice-presidente da ANP informou que um novo conflito entre agricultores e criadores de gado matou, no intervalo de dois dias, duas pessoas em duas localidades diferentes, nomeadamente em Encheia e em Darsalam.
“As acusações de feitiçaria continuam a ganhar proporções em todo o país e um dos casos resultou no espancamento de um indivíduo e a situação dos agentes policiais que espancaram um cidadão indefeso levando-o à morte”, disse.
Fernando Dias lembrou que, a luz do artigo 76 da Constituição da República da Guiné-Bissau, a Assembleia Nacional Popular tem competência para convocar os membros do governo sobre situações de governação, de acordo com as constatações feitas pelos deputados no terreno, razão pela qual convocou as três instituições para saber quais as diligências que estão a ser feitas para pôr cobro à situação de insegurança dos cidadãos.
“Recebemos informações neste encontro dos responsáveis dos ministérios que há falta de meios para fazer face à situação. O Ministério do Interior disse que tem homens suficientes, mas não tem meios para fazer o seu trabalho e garantir segurança aos cidadãos. O Ministério da Administração Territorial manifestou a sua disponibilidade em colaborar, mas o ministro e o secretário-geral não têm viaturas, bem como os governadores e os administradores locais”, sublinhou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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