O abastecimento de eletricidade à capital da Guiné-Bissau está assegurado, garantiu hoje o Governo depois de ter negociado um plano de pagamento da dívida à empresa fornecedora.
O anúncio é feito dois dias depois de o ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seide, ter admitido que a Guiné-Bissau enfrentava a ameaça de corte no fornecimento de eletricidade devido a uma dívida de "cerca de 17 milhões de dólares (15,8 milhões de euros) à Karpower, a empresa turca que fornece eletricidade, a partir de um barco.
O Ministério das Finanças divulgou, em comunicado, que o Governo e a empresa turca "sentaram-se à mesa nesta sexta-feira [hoje] para discutir, entre outras questões, pagamentos de faturas em atraso e analisar o contrato de fornecimento de energia", assinado em 2018.
"As partes comprometeram-se a estabelecer um plano de pagamento de faturas em atraso e a Karpower prometeu continuar a fornecer a energia", informa o Ministério das Finanças, sem avançar pormenores sobre o referido plano.
Na reunião participaram os titulares dos ministérios da Economia e Finanças e da Energia e Indústrias e os secretários de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais e do Tesouro, e representantes da empresa estatal Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) e da empresa turca.
Segundo o comunicado do Governo, o ministro da Energia e Indústria, Isuf Baldé, "questionou a forma como foi assinada a adenda ao contrato, que aumenta o fornecimento de eletricidade, sem que o país tenha ainda condições de consumir a quantidade" em causa.
O ministro das Finanças, já tinha atribuído, na quarta-feira, a fatura em dívida a esta adenda feita ao contrato inicial, que quase duplica a quantidade de energia fornecida, de 17 megawatts para 30 megawatts mensais.
Conosaba/Lusa
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