A Guiné-Bissau deu mais uma vez uma lição de democracia, não só aos países da nossa região africana, como também a todos os países da Africa ao sul de Sahara. Só ki pena! Sibu coitadi di bo cata odjadu, mas somos champions.
Qual é o Guineense que não se sentiria orgulho do desempenho da CNE nestas eleições legislativas, e dos seus membros que, contra ventos e marés, contra as pressões de toda a natureza, conseguiram resistir, cingindo-se estritamente aos ditames da lei.
Djarama CNE! Djarama a democracia Guineense! Mas sobretudo djarama aos diversos players que concorreram nas eleições e que, depois da publicação dos resultados provisórios, através das suas declarações, mostraram estar à altura do desafio em que se lançaram para a conquista do poder e servir o povo, caso fossem a escolha do povo soberano.
Todos se pronunciaram sobre o processo, mais não se pode perder de vista a postura do Ba di Povo que, como sempre, mostrou serenidade, humildade, realismo e sentido patriótico, aconselhando até ao partido vencedor que nem precisava de um bengala para governar, porque o partido de que é o Coordenador Nacional, o MADEM G15, ira votar todos os projectos de lei que visam reformas estruturantes, desde que vão encontro dos sacrossantos interesses do povo, que ele, Braima Camara, jurou defender, de pés juntos, na sua qualidade de digno filho de Combatente da Liberdade da Pátria.
É bom que os Guineenses se compenetrem de um facto. Os resultados destas eleições que culminaram com a vitória da coligação PAI - TERRA RANKA, não é uma vitória exclusiva de um único partido, mas sim do povo Guineense no seu todo. Estes resultados são a expressão de um mal-estar do povo em relação a forma como vem sendo governado pelo regime, o que começou com uma ginástica política atípica e ilegal, com a formação de um governo inconstitucional (pois as coligações parlamentares formam-se entre partidos e não com deputados individualmente, a fortiori, deputados dissidentes.
Hoje venceu a coligação PAI terr-ranka, e o povo vai-lhe dar benefício de dúvida. Mas o nível de “awarness” do povo, faz com que se o governo que vier a ser formado não corresponder às expectativas, a resposta será indubitavelmente o RED CARD.
A partir do anúncio dos resultados definitivos pela CNE, hoje dia 14 de Junho de 2023, os Guineenses que se tinham virado as costas uns contra os outros, devem agora enterrar, pelo menos durante a legislatura, o machado de guerra, para dar chance ao pais para se erguer, através da boa governação, ao nível dos outros países que consideramos de modelo, como Cabo Verde, por exemplo.
A Guiné-Bissau esta de parabéns! E devemos sentir-nos orgulhosos!
Deus abençoe a Guiné-Bissau e proteja os seus líderes!
Por: yanick Aerton
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