[Campanha eleitoral] O presidente do Partido Nova Democracia (PND), Abas Djaló, revelou esta quinta-feira, 25 de maio de 2023, que o partido que lidera prioriza a instauração de uma verdadeira justiça em todas áreas e setores da Guiné-Bissau, porque “sem justiça é impossível atrair investimento estrangeiro para o desenvolvimento que a população guineense almeja há muito tempo”.
Abas Djaló falava aos jornalistas na sede principal do partido, em Bissau, na divulgação do programa eleitoral do PND.
Abas Djaló disse que, para além da justiça, o partido elege a área da educação, dar prioridade a formação técnico-profissional para que os jovens possam ter emprego. A nível da saúde a prioridade é a erradicação das doenças endémicas e infecciosas e na agroindustrial, que é o fator da economia guineense, o PND prioriza a valorização dos produtos agrícolas e a sua transformação local a fim de poder concorrer ao mercado sub-regional e internacional, criando emprego e receitas para os cofres de Estado.
Informou que, no programa eleitoral, o Partido Nova Democracia deu muita atenção às mulheres na área social, promoção de projetos de financiamento para a sua inserção social, fatores de desenvolvimento, bem como a criação de projetos de emprego jovem.
Sobre atual situação da campanha de comercialização de castanha de cajú, Abas Djaló disse que o PND tem uma política para inverter a situação, caso seja vencedor das eleições do dia 04 de junho, que passa pela transformação local da castanha, evitando exportá-la na totalidade e em bruto. Adiantou que se o cajú for transformado localmente, o país terá mais dividendos em termos de receitas para o Estado e empregar.
Sobre a possível coligação depois das eleições, o líder do PND disse que aquela formação política sempre foi um partido aberto e dialogante na busca de consensos, quando se verificam crises políticas, de maneira que caso venha a ser uma realidade, os responsáveis vão ao encontro das formações políticas para estabelecer uma possível coligação em nome da estabilização da Guiné-Bissau.
“Constatamos que a população no terreno está a viver dificuldades enormes, entre as quais a fome, devido à quebra na campanha de comercialização de castanha de cajú, que começou tardiamente e com dificuldades. O governo, nos últimos tempos, tem feito grandes esforços, reduzindo as taxas para que possamos ir ao encontro das reivindicações dos operadores económicos para que possam comprar a castanha junto dos produtores. Infelizmente, não estão a reagir a essa medida”, sublinhou.
Abas Djaló assegurou que alguns dirigentes que fazem parte do executivo estão a politizar da comercialização de cajú, imputando a responsabilidade ao ministro do comércio, enquanto titular da pasta, “mas isso é confundir o povo”.
Afirmou que a atual situação da campanha de caju é da responsabilidade de todos os membros do governo.
Abas Djaló informou que o PND vai concorrer apenas em 8 círculos eleitorais, nos quais o partido está bem implantado e organizado para conseguir eleger mandatos que lhes permitam formar uma bancada parlamentar.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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