O Fundo Monetário Internacional (FMI) inicia na quarta-feira a segunda revisão ao programa de Facilidade de Crédito Alargado à Guiné-Bissau, anunciou hoje, em comunicado, o Ministério das Finanças guineense.
A missão vai decorrer até 30 de maio, mas a equipa, liderada por José Gijon, só estará fisicamente no país a partir do dia 23.
Segundo o Ministério das Finanças guineense, durante a missão o FMI vai “avaliar, entre outras questões, a execução orçamental, a massa salarial e a situação da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau”.
A missão do FMI vai também avaliar as “reformas nas finanças públicas, da governação, fiscais, gestão da dívida pública, mobilização e arrecadação de receitas”, refere o Ministério das Finanças.
O programa de ajuste financeiro estabelecido entre o FMI e a Guiné-Bissau, n valor de 38,4 milhões de dólares (35,2 milhões de euros), foi acordado em janeiro deste ano e termina em janeiro de 2026.
No anúncio da aprovação da primeira revisão ao programa de ajustamento, divulgado a semana passada, o FMI considerou que “é crítico continuar com a ambiciosa agenda de reformas, especialmente no contexto das eleições legislativas” na Guiné-Bissau, previstas para 04 de junho.
No comunicado de imprensa, o FMI dá conta da aprovação e do consequente desembolso de cerca de 3,2 milhões de dólares (2,9 milhões de euros), do total de 38,4 milhões de dólares (35,2 milhões de euros).
“Isto reflete a capacidade das autoridades para manter a estabilidade macroeconómica num ambiente externo muito difícil, marcado pelos impactos da guerra na Ucrânia e pelas condições mais negativas das finanças globais, incluindo no mercado regional de capitais da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA)”, aponta o Fundo.
Na nota, o FMI coloca o crescimento do ano passado em 3,5% e a inflação nos 7,9%, devido aos choques externos e à descida nas exportações de castanha de caju, fatores negativos que foram parcialmente compensados “pelo aumento da produção agrícola, projetos de infraestruturas e relativa estabilidade política”.
A Guiné-Bissau já tinha recebido em janeiro um desembolso de 3,2 milhões de dólares (2,9 milhões de euros), na altura da entrada em vigor do programa.
Durante a segunda revisão ao programa, a missão do FMI realizará encontros com o Governo, Tribunal de Contas, Banco Central dos Estados da África Ocidental, sindicatos e com os parceiros bilaterais e multilaterais.
Conosaba/Lusa
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