FC Porto volta a sair da Luz em ambiente de festa. Benfica não complica contas do título, mas deixa mau sinal no jogo mais importante da época.
Gonçalo Ramos abriu as contas aos 10 minutos, com ajuda de Diogo Costa, que introduziu a bola na baliza com as costas. A resposta surgiu em dose dupla antes do intervalo. Uribe empatou aos 45 e Galeno quase virou. Valeu o VAR para anular.
Na segunda parte, houve mesmo cambalhota. Taremi virou o jogo e complicou a vida ao Benfica. Até ao fim, o dragão foi mandão na casa de uma águia que não teve pernas para acompanhar quem mais fez em campo.
Com este resultado, o FC Porto reduz a distância para o Benfica para sete pontos, reavivando a luta da I Liga e adiantando-se mais na corrida à Liga dos Campeões. As águias não complicaram as contas do título, mas deixaram má impressão em casa, tendo de fazer mais para garantir o título nacional.
Filme do jogo
Quem é que dizia que a I Liga estava fechada? Engane-se então. O Clássico desta sexta-feira deixou bem provado que não se pode fechar a porta antes do tempo.
A equipa encarnada estava mais errante, mais precipitada a criar as suas jogadas, com o FC Porto mais confortável, bastante subido no terreno e atento a tudo o que acontecia. Só perdeu 'o fio à meada' no golo do Benfica.
Bah soltou-se no lado direito, galgou metros e apanhou terreno sem dono. Na hora certa, o dinamarquês cruzou para a cabeça de Gonçalo Ramos, que atirou à barra. A infelicidade foi mesmo de Diogo Costa, que introduziu involuntariamente a bola na própria baliza com as costas.
A Luz foi abaixo, o ambiente aqueceu e de que maneira. A massa adepta encarnada sentiu o título mais perto, mais real, mais material. Só um calafrio causado por Galeno levou as bancadas a um silêncio de medo, de quem por segundos colocou tudo em causa.
Tudo foi por água abaixo quando Uribe acertou em cheio no fundo das redes. O colombiano acendeu-lhe o rastilho e disse 'cá vai disto', empatando e dando ainda maior emoção ao Clássico. A festa azul e branca começou mesmo em cima do intervalo. Os seis minuto de compensação, dados por causa da lesão e saída de Bah, a meio da primeira parte, chegaram para a equipa de Sérgio Conceição deixar um sério aviso.
Galeno ainda fez o 2-1 e operou a 'cambalhota'. Calhou o VAR estar atento para dar uma mãozinha à equipa de arbitragem, que não conseguiu descortinar um fora-de-jogo milimétrico. Ainda assim, o Estádio da Luz não poupou a equipa. Apesar de ter celebrado a decisão como se de um golo marcado se tratasse, não deixou de mostrar descontentamento com a quebra de ritmo e a falta de pernas para acompanhar o ataque azul e branco.
A segunda parte começou por enganar o espectador. Se pareceu que o Benfica estava por cima com duas chances claras de golo, o FC Porto mostrou que era tudo ilusão. No primeiro remate que conseguiu guiar à baliza de Vlachodimos nos segundos 45 minutos, Taremi fez o gosto ao pé com um golo que provocou um misto de emoções.
Se de um lado pairava um silêncio ensurdecedor, do outro lado havia uma festa tremenda. A tarde era santa para uns, mas não para outros, como veio a ser provado depois. A equipa de Roger Schmidt não conseguiu tirar partido da moldura humana que se apresentou na Luz e fechou-se numa bolha a jogar o jogo por si só. O FC Porto foi buscar forças e destacou-se.
A seguir ao golo de Taremi, por pouco que João Mário, o de azul e branco, não fez o terceiro golo dos dragões. A equipa do Benfica parecia perdida, mais nervosa que o costume. Nada saia bem, especialmente ao ataque, com Gonçalo Ramos já mais vezes fora da posição de finalizador para criar lances de perigo.
Até ao final, foi mais do mesmo. O Benfica tentou por tudo quebrar o enguiço na baliza de Diogo Costa, mas nunca teve sucesso na tarefa. Com o Clássico perdido e a série de vitórias interrompida, o Benfica parte para a Liga dos Campeões com algum trabalho para fazer no Seixal. A equipa de Roger Schmidt perdeu a oportunidade de dilatar a diferença para os 13 pontos, vendo-a ser reduzido para sete pontos, a sete jornada do fecho das cortinas. O FC Porto saiu da Luz novamente em festa, tal como fez na última época. Para diferenciar, não leva nenhum título na mão, apenas a certeza de que a I Liga não está fechada.
Momento do jogo: O golo de Uribe. O Benfica 'morreu' ainda antes do intervalo, tendo estado perto de sofrer novo golo ainda antes de voltar às cabines. Na segunda parte, mais FC Porto e menos Benfica precisamente por isso, com Taremi a dar o último empurrão no balde de água gelada sobre a Luz.
Onzes iniciais
Benfica: Vlachodimos; Bah, Otamendi, António Silva, Grimaldo; Florentino, Chiquinho, Aursnes; João Mário, Rafa Silva, Gonçalo Ramos.
FC Porto: Diogo Costa; Manafá, Pepe, Marcano, Wendell; Uribe, Grujic, Otávio; Galeno, Pepê e Taremi.
Antevisão
Benfica e FC Porto vão jogar nesta sexta-feira, em jogo da 27.ª jornada da I Liga. Águias e dragões jogam o grande Clássico, o prato forte da jornada e, quiçá, o jogo mais importante desta segunda volta do campeonato.
Ainda com as contas do título por fechar, há muito em jogo no relvado da Luz na tarde desta sexta-feira. O Benfica procura passar a sua liderança para os 13 pontos em relação ao FC Porto, que ainda terá uma palavra a dizer na corrida ao título e à Liga dos Campeões.
O Benfica-FC Porto joga-se a partir das 18 horas, no Estádio da Luz, e vai poder acompanhar a par e passo as incidências da partida aqui no
Conosaba/Desporto ao Minuto.
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