Dragões derrotaram os eternos rivais pela terceira vez na presente temporada e repuseram uma distância de cinco pontos para o Benfica.
O FC Porto deixou, este domingo, bem claro que não abdica do ‘sonho’ da revalidação do título de campeão nacional, ao derrotar o Sporting pela terceira vez em tantos outros Clássicos da presente temporada. Desta feita, por 2-1.
Matheus Uribe e Pepê marcaram os golos dos dragões no encontro ‘cabeça de cartaz' da 20.ª jornada da I Liga, que repõe a distância para o líder, o Benfica… e aumenta a dos leões, cuja resposta pertenceu a Youssef Chermiti
Clássico de ‘faca nos dentes’
Sporting e FC Porto entraram em campo sabendo, de antemão, que o empate não interessava a ninguém, o que se traduziu num início de partida ‘ligado à corrente’, com a bola a chegar de área a área com uma velocidade estonteante.
Os leões procuraram fazer circular a bola com mais calma e critério, ao passo que os dragões apostaram, principalmente, em provocar o erro em zonas adiantadas para, depois, transitar o mais rapidamente possível.
Os homens da casa assumiram a iniciativa de jogo, com diversas investidas a partir da ala esquerda, onde Fatawu Issahaku, uma das surpresas promovidas por Rúben Amorim, foi combinando bem com Matheus Reis.
Foi, de resto, assim que nasceu a primeira oportunidade de golo. Aos 20 minutos, o defesa brasileiro cruzou rasteiro para o coração da grande área, onde apareceu Marcus Edwards, a atirar a centímetros do poste.
Instantes depois, o ‘filme’ repetiu-se, desta feita, na ala direita. Héctor Bellerín, outro dos ‘jóqueres’ verde e brancos, fez a bola chegar a Francisco Trincão, que acertou mal na bola e deixou-a nas mãos de Diogo Costa.
Estava instalada a ‘loucura’ no Clássico, mas os campeões nacionais não se ficaram. Aos 33 minutos, Mehdi Taremi apareceu ‘na cara’ de Antonio Adán, a acertar em cheio no ferro. Na recarga, Iván Marcano tinha tudo para marcar, mas cabeceou por cima.
Os adeptos estavam a gostar do que estavam a ver, mas Rúben Amorim… nem por isso. De tal maneira, que mexeu logo ao 35.º minuto, quando surpreendeu tudo e todos ao retirar Francisco Trincão para fazer entrar Paulinho.
O Sporting continuou por cima do jogo, e, antes do apito para o intervalo, dispôs de mais duas duas chances para marcar. Primeiro, Iván Marcano ‘deu o corpo às balas’ e negou o golo a Youssef Chermiti. Depois, Diogo Costa ‘voou’ para desviar o remate de Marcus Edwards.
Ponderação de um lado, desnorte do outro
Ao intervalo, Rúben Amorim voltou a mexer, desta feita, lançando Nuno Santos para o lugar de Fatawu Issahaku, que, pese embora os bons apontamentos deixados no ataque, demonstrou algumas debilidade na hora de defender.
O Clássico entrou, então, numa toada de maior especulação, com as duas equipas a baixarem consideravelmente a intensidade aplicada nos primeiros 45 minutos. Curiosamente, foi nesta fase que o FC Porto acabou por chegar-se à frente.
Matheus Uribe, na tentativa de assistir Mehdi Taremi, viu a bola ressaltar em Manuel Ugarte e passar por entra as pernas de Gonçalo Inácio. Isolado perante Antonio Adán, o internacional colombiano não perdoou e atirou a contar, aos 60 minutos.
Foi então que Rúben Amorim perdeu, de vez, os ‘papéis’. Trocou defesa-central por defesa-central (que é como quem diz, Matheus Reis por Ousmane Diomandé) e fez sair… Ricardo Esgaio, que tinha entrado apenas 15 minutos antes, para apostar em Arthur Gomes.
Em cima dos 90 minutos, Alvalade ainda ‘explodiu’ de alegria, fruto do golo de Youssef Chermiti… mas de nada valeu, uma vez que o VAR entrou em ação e anulou o lance, por posição irregular.
Já nos descontos, o FC Porto ‘matou’ de vez o jogo, graças a um golo de Pepê, que fez com que o de Youssef Chermiti, instantes depois, de pouco valesse. Uma preciosa vitória que lhe permite reforçar a segunda posição da tabela, com 48 pontos, menos cinco do que o líder isolado, o Benfica.
O Sporting, por sua vez, permanece com 38 pontos, menos 15 do que o primeiro classificado, menos dez do que o segundo e menos cinco do que o terceiro, o Sporting de Braga, que ainda vai visitar o Marítimo
Momento do jogo: Depois de um primeiro tempo em que passou por alguns momentos de ‘sufoco’, a equipa do FC Porto libertou-se das ‘amarras’, e, aos 60 minutos, chegou mesmo ao golo, por intermédio de Matheus Uribe, que valeu um controlo do qual não mais abdicou.
Onzes
Sporting: Adán; Bellerín, Coates, Gonçalo Inácio, Matheus Reis, Fatawu; Ugarte, Pedro Gonçalves; Trincão, Edwards e Chermiti.
FC Porto: Diogo Costa; João Mário, Pepe, Marcano, Zaidu; Uribe, André Franco, Grujic, Galeno; Taremi e Pepê.
Antevisão
O estádio de Alvalade será, ao final da tarde deste domingo, palco do tão aguardado Clássico da 20.ª jornada da I Liga, que colocará, frente a frente, Sporting e FC Porto, equipas que pouca margem de manobra têm no que às respetivas contas diz respeito.
Os dragões chegam à deslocação ao terreno do eterno rival na segunda posição da tabela, e sabem de antemão que não podem errar se pretendem manter a pressão ao líder, o Benfica, que se encontra a oito pontos de distância (com mais um jogo disputado).
Os leões, por seu lado, estão numa situação bem mais delicada. Isto porque ocupam, atualmente, o quarto lugar, a cinco pontos do terceiro classificado, o Sporting de Braga, a sete do segundo e a uns longínquos 15 do primeiro.
O Sporting-FC Porto será ajuizado por Artur Soares Dias, árbitro da Associação de Futebol do Porto, e pode acompanhá-lo, em direto, a partir das 18h00 (hora de Portugal Continental), no Desporto ao Minuto.
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