O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje estar confiante na criação da moeda única da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, denominada Eco, em 2027 e admitiu ser normal as reservas de alguns países.
"Alguns países estão com reservas sobre a bondade da criação da moeda Eco, é normal, é um processo de negociações entre países", disse Sissoco Embaló no aeroporto internacional Osvaldo Vieira de Bissau.
O Presidente guineense regressou hoje ao país após visitas de trabalho ao Senegal, França e Espanha, onde se encontrou com as autoridades daqueles países.
Questionado pelos jornalistas sobre a exortação dos deputados do parlamento CEDEAO, que se encontram reunidos em Bissau, no sentido de usar da sua influência, na qualidade de presidente em exercício da organização regional, para impulsionar a criação da ECO, Embalo disse estar confiante.
O líder guineense destacou que a meta fixada é 2027, mas espera que até lá haverá consensos ainda que, admitiu, existam países com reservas em relação à nova moeda.
"Por exemplo, o bloco anglófono da CEDEAO pensa que é a França que está por detrás da criação da ECO, mas não é bem assim. Estamos a falar de uma moeda que tem como base o CFA que é uma moeda estável", observou Embaló.
Pediu ainda paciência, dando o exemplo dos europeus no processo de criação do euro que disse ter levado 20 anos.
"Se houver boa vontade dos dirigentes penso que podemos chegar ao Eco rapidamente, porque há alguns estados que já têm uma convergência monetária e são oito estados", sublinhou Umaro Sissoco Embaló falando da União Económica e Monetária Oeste Africana.
Conosaba/Lusa
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