Em entrevista ao Jornal O Democrata, Sidó, como é conhecido no mundo da música, explicou que os 50 anos de carreira representam 50 anos de experiência musical, social, de responsabilidade como pioneiro da música moderna guineense, como também cinquenta anos de muito amor e carinho do público.
“Estes 50 anos de carreira mostraram-me o quanto os guineenses não me esqueceram e gostam de mim e das minhas músicas. Elas atravessaram duas gerações sucessivas. São 50 anos de gratidão que devo aos meus fãs”, disse.
BIOGRAFIA
Em 1976, Sidó chega a Lisboa para continuar os estudos. Incentivado por vários melómanos, entre os quais Infali Dabó e Erasmo Robalo, forma a Orquestra Saba Miniamba, com a qual gravou dois álbuns, que seria censurado pelo então poder na Guiné-Bissau.
Em setembro de 1979, em busca de novos horizontes musicais, Sidónio parte para a França e os membros da Orquestra juntam-se a ele, sendo-lhes concedido o estatuto de refugiados políticos. Em 1980, a Orquestra Saba Miniamba dissolveu-se e iniciou a carreira a solo. Em maio de 1981 lançou o seu primeiro álbum intitulado “Guiné Nha Terra” e em 1984, produz pela primeira vez um disco: “Camba Mar”, para imortalizar a sua odisseia Atlântica de 1976, editado pela Label Baloba.
Anos depois criou outro grupo denominado “Tamba Kumba” com o qual de 1985 à 1993, participou em diversos festivais na Suíça, Bélgica e França. Produziu o seu segundo álbum “Bola” em 1989. Em dezembro de 1992, com a sua nova Editora label discos Sidó Lda, apresentou o álbum “20 Anos de Capa Negra” no Centro Cultural Francês em Bissau.
Em 2005, o primeiro DVD “Sidó en Live, Carnaval à Paris”. O DVD Best Of “Guiné-Bissau Nó Terra”, produzido em 2010, leva-o à Guiné-Bissau, Portugal, Guadalupe e França. Em setembro de 2011 o maxi single Dia “i”, dia da independência. Brindou os seus fãs com o terceiro álbum “Symbioses” em 2014. Em 2013, “Fusão”, uma viagem ao universo do fandango português, brosca guineense, semba angolano, singa, música popular brasileira e gumbé.
Em 2017 lançou o álbum “Esperança” no qual homenageou o antigo revolucionário de Burkina Fasso, Thomas Sankara, com o tema “Sankara”. Atualmente Sidónio é reformado e vive mais tempo no país tendo empreendido no ramo turístico.
Por: Epifânia Mendonça
Conosaba/odemocratagb
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