Bissau, 15 Dez 22 (ANG) – O Governo, através do Ministério da Saúde Pública, perspetiva para proximo ano a transformação dos centros de saúde de Bubaque, Farim e Quinará em hospitais regionais.
A revelação foi feita pelo ministro de tutela Dionísio Cumba, em entrevista conjunta aos órgãos públicos de informação, em jeito de balanço anual das actividades realizadas pelo ministério.
Segundo Cumba, a elevação do nível dos referidos centros hospitalares se justifica com o aumento das populações utentes daqueles centros.
O ministro reiterou que o país dispõe de um sistema de saúde bastante complexa e com pouca atenção da parte de diferentes governos.
“Quando assumi a pasta da saúde, visitei todas as regiões sanitárias com exceção de Farim, desde estruturas primárias, secundarias e terciarias e constatei que as estruturas primarias estavm numa situação muito penosa devido ao estado avançado de degradação, com falta de equipamentos, outras quase sem vias de acesso, e com falta da água e luz electrica”, revelou.
De acordo com Dionísio Cumba, essa visita originou a eleboração de um plano para a reestrutuação total das infraestruturas para depois adquirir equipamentos e dar formação aos técnicos.
Disse que o plano de restruturação será entregue ao governo para que no próximo Orçamento Geral de Estado haja uma verba que permita a sua implementação.
O governante referiu que, contudo, alguns trabalhos já estão a ser feitos nesse âmbito, como é caso do Hospital Nacional Simão Mendes e os de Bafatá, Catio e Mansoa.
O ministro da Saúde disse que se prevê igualmente a reclassificação do Centro de Saúde da região de Biombo de tipo C para A para poder atender maior número da população naquela zona.
Dionísio Cumba reconcheceu as dificuldade que o país enfrenta com exigências do FMI, mas diz acreditar que se pode concretizar muita coisa, com o engajamento do Chefe do Estado em relação a questões sociais.
“Por exemplo, o projeto para a construção de um hospital de referência na região de Gabu, com apoio do governo de Argélia é graças a influência do Presidente da República, assim como a vinda, recentemente, ao páis de um grupo de investidores de Emeret para a construção de um hospital de emergência no SAB, nas antigas instalções do hospital 3 de Agosto com capacidade para internamento de 150 pacientes”, referiu Dionísio Cumba.
Perguntado sobre horizonte temporal e financiamentos para a execução dos referidos projetos , reconheceu que o governo tem pouca capacidade para financiar projectos do sector da saúde.
Perante esta situação, Dionísio Cumba disse esperar que o Fundo Mundial permita o Executivo contrair empréstimos para a execução desses projectos.
Referiu que outras infraestruturas hospitares deverão beneficiar de apoios externos, tal como o caso de Banco Islâmico que prevê a construção do centro Hoftolmológica, a ampliação do centro de Radiologia entre outros.
“Estamos a trabalhar para evitar que no futuro o país não tenha capacidade de compensasão ,porque alguns solicitam garantias de fundos de soberania”, afimrou Dionísio Cumba.
Relativamente a falta de especialistas no sector sanitário, o ministro disse haver um acordo de parceria entre a Guiné-Bissau e Venuzuela para formação de 177 médicos especialistas em 19 patologias, já selecionados, dentro das periodades identificadas pelo governo.
“O maior handicap do sistema tem a ver com falta de especialista. Um hospital como Simão Mendes não pode continuar a ser gerido por médicos clínicos gerais, estes devem estar a trabalhar nas estruturas primários e até segundárias. No caso de Simão Mendes deve ser só por especialistas,porque é ali que se resolve todo o tipo de problemas de saúde”, sustentou.
Instado a falar se a ida dos médicos para especialização em Venuezela não contraria a decisão do governo de retirar da base de dados do Ministério da Saúde os médicos que, por conta própria, procuram especilização, disse que os médicos em causa não foram fazer especilidades mas sim cursos de mestrados e afirma que alguns nem informaram ou pediram autorização para o fazer.
Quanto ao fim da Covid-19 no país, devido a ausência de medidas de prevenção, sobretudo uso de mascará, o ministro disse que a doença ainda existe, porque a OMS ainda não declarou o seu fim.
“O que aconteceu no país em relação a doença tem a ver com dificuldades da sua gestão. Com a presença do Alto Comissariado o envolvimento do ministério foi muito pouco e neste momento o processo de compilação dos dados das pessoas que vacinariam não está concluída, por falta de pagamento da empresa contratada para o efeito, assim como das pessoas que participaram na campanha de vacinação contra a Covid-19, para poder concluir o programa de vacinação previsto inicialmente para Outubro e Dezembro ”, explicou.
Dionísio Cumba avisa que é preciso manter o alerta em relação a contaminação por Covid-19 para não se ser surpreendida .
Sobre a duplicidade de cartão de vacina por duas ou mais pessoas, disse que esse situação será superada com a introdução dos dados numa plataforma digital para a produção de certificado de vacinação, que permita o seu reconhecimento no sistema através de um código. “Caso contrario a pessoa é obrigada a fazer teste”, disse.
Conosaba/ANG/LPG//SG
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