O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, Ilídio Té, afirmou hoje que o Governo está a trabalhar para baixar o nível de endividamento do país e que o empenho das autoridades levou ao acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Nós temos a ideia clara de que o endividamento está num nível alto. É bom que se repita que são dívidas que vêm desde 1994 até à data presente. O Governo está empenhado, a trabalhar arduamente para que possam baixar o nível em que estamos", afirmou Ilídio Té, quando questionado pela Lusa sobre o endividamento público, que representa mais de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) guineense.
Ilídio Té falava aos jornalistas em conferência de imprensa, após o FMI ter anunciado que chegou a acordo com as autoridades guineenses para assinatura de um programa no âmbito da Facilidade de Crédito Alargado, com a duração de 36 meses e no valor de 36,3 milhões de dólares (cerca de 35,45 milhões de euros).
O ministro explicou que, neste momento, o executivo só faz empréstimos que não impliquem aumentar a percentagem de dívida pública.
Ilídio Té insistiu que o "Governo está empenhado".
"Se não fosse o engajamento, empenho e dedicação total do Governo não estaríamos nesta fase com o Fundo Monetário Internacional, que é uma coisa muito boa para o país, porque quem tem o Fundo ao seu lado tem os caminhos abertos para os restantes parceiros internacionais", afirmou.
Ilído Té salientou que o FMI "não impõe a nenhum país a tomada de medidas", apenas "mostra os caminhos que devemos percorrer".
"Nós achamos que é pertinente seguir as orientações do fundo, porque sabemos muito bem aquilo que estamos a preconizar para o país, que é o bem-estar, e estamos a seguir os conselhos do fundo para que o país possa estar estável economicamente e seguir o seu caminho rumo ao desenvolvimento, que acho que todo o bom filho da Guiné-Bissau quer neste momento", disse.
Segundo o ministro, o país tem de continuar a seguir um "rumo de que todos os seus filhos se possam orgulhar".
"Trilhar os caminhos que são aceitáveis para a comunidade internacional, porque não somos diferentes de nenhum povo do mundo, fazemos parte do concerto das Nações e temos de nos comportar como pessoas que são dignas de um país como a Guiné-Bissau", disse.
Conosaba/Lusa
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