O Presidente da República da Guiné-Bissau e presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embaló, anunciou que a Rússia vai duplicar o número de bolsas de estudo oferecidas à Guiné-Bissau no próximo ano letivo.
“Há uma história entre a Guiné-Bissau e a Rússia, desde a época da URSS. Não nos devemos esquecer também que 60 por cento dos quadros do nosso país foram formados pela Rússia no período do comunismo. Hoje o Presidente Putin prometeu-nos que vai duplicar o número de bolsas de estudo que a Rússia tem oferecido à Guiné-Bissau para o próximo ano”, disse Embaló em declarações aos jornalistas na noite desta terça-feira, 25 de outubro de 2022, logo à sua chegada à Polónia, de onde partirá para Kiev, capital da Ucrânia, para se reunir também com o Presidente Volodymyr Zelensky, apresentando-lhe a vontade da CEDEAO na busca de soluções ao conflito.
Embaló reuniu-se hoje com o Presidente da República Federal da Rússia, Vladmir Putin, na qualidade do presidente em exercício da conferência dos chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, apresentando ao líder russo a preocupação da sub-região em relação ao conflito no leste europeu, que está a criar crises económica e energética mundiais.
O Presidente em exercício da CEDEAO disse que saiu satisfeito do encontro com o seu homólogo russo, tendo revelado que discutiram a situação do conflito entre a Rússia e Ucrânia, sobretudo como a CEDEAO poderá contribuir na resolução do conflito.
“Encontrei uma grande abertura de negociação com o Presidente Putin. Vou seguir para a Ucrânia, para transmitir ao Presidente Zelensky essa vontade do Presidente Putin na busca de solução” explicou, para de seguida acrescentar que na reunião com o seu homólogo russo abordaram a questão da cooperação com a Guiné-Bissau.
Questionado se a Guiné-Bissau já recebeu cereais ucranianos, Embaló disse que a Guiné não recebeu ainda os cereais ucranianos, contudo, disse que “não é o mais importante”.
“O mais importante para nós hoje é ver como podemos contribuir na busca da paz entre a Rússia e a Ucrânia”, precisou.
Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb
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