No meu entendimento, a política é fundamentalmente, entre outros direitos, o exercício de um direito a uma existência digna que nos garanta a liberdade, a segurança pessoal e colectiva, a uma pertença especial legítima, a igualdade de oportunidades, etc..
Geralmente, engajamo-nos na politica, no caso especifico da Guiné Bissau, depois de através de um diagnóstico crítico, constatarmos comportamentos que violem os valores acima referidos, e usando os instrumentos à nossa disposição, fazermos tudo para se corrigirem essas práticas prejudiciais a uma convivência sã entre os membros da sociedade.
Posso citar como exemplo, os abusos que muitas vezes são praticados por alguma autoridade, usando os instrumentos de repressão de que dispõe para manter um determinado status quo que só vai ao interesse do protagonista ou dos protagonistas.
Contrariamente ao acima exposto, a política na Guiné-Bissau tem tido como finalidade ao longo dos tempos, a procura de emprego, sobretudo a ocupação de cargos importantes para de forma mais rápida acumular bens, independentemente da forma como foram adquiridos, uma vez que ninguém é responsabilizado, isto é, devido a não funcionalidade da lei sobre os crimes económicos, o mais ignóbil dos crimes.
E quem até é que responsabilizaria alguém, se todos ou a maioria dos decisores têm “rabo de padja”?
Isso é que está na origem do surgimento de “n” formações politicas cujos lideres a partida têm a plena consciência de que nunca vão eleger um deputado, mas esperam poder subir através de “LENDRI”, a reboque, por recompensa a um apoio dado.
Esses pseudo-líderes recorrem então a bajulação e outros comportamentos mais repugnantes, junto dos verdadeiros líderes políticos, os líderes dos partidos mais representativos, para garantirem algum emprego que, de forma normal, nunca poderiam ou deveriam ter, por não reunirem as exigências requeridas.
O grande problema da Guiné-Bissau são esses pequenos partidos que, em vez de pelo menos se juntarem para aumentarem as suas chances nos
Pleitos eleitorais, organizam-se em plataformas para apoiar esta ou aquela formação política, a reboque, como se de “batulás” se tratassem.
Se a política é a luta pelo acesso ao poder político, porque é que esses soi-disant líderes, sabendo de antemão que nunca terão essa chance, ainda insistem em não se juntarem ou se fundirem nos chamados “grandes” e deixarem de nos “chatear a vida”?
Mas a culpa em tudo isso é a lei dos partidos políticos que precisa ser revista para afastar definitivamente esses pequenos das concorrências eleitorais.
Ou esses “caras”, como diria o Brasileiro, pseudo-lideres, estão apenas interessados em arranjar tacho, ou julgam poderem continuar a enganar o Zé-povinho até eternum?
Vamos ter eleições legislativas ou em Dezembro ou noutra data, por isso, é chegada a hora desses partidecos reverem a sua estratégia, devendo o Governo antes da apresentação das candidaturas, exigir que se conformem com as regras mais elementares, os preliminares, congressos, conferências ou convenções, como se lhe queira chamar, sob pena de se verem impedidos de participar.
Que o acesso a certos cargos ao nível do escalão intermédio, particularmente Directores Gerais, seja através de concurso público, curricular ou não, desde que os postulantes tenham a formação académica e experiência profissional exigidas.
Bo pára panha boleia!
Fundam-se nos “grandes” e desapareçam, pabia pubis fastia dja bos! Deus abençoe a Guiné-Bissau!
P.S.: Se nas próximas eleições legislativas esses partidecos que nunca elegem deputados não o conseguirem, que o Governo proceda ao recenseamento dos mesmos, por forma a baní-los de vez.
VIVA GUINENDADI!
Por: yanick Aerton
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