Cabo Verde pretende reservar pelo menos 30% das suas águas para área de não pesca, ficando apenas para preservação das suas espécies, anunciou hoje o ministro do Mar, numa mensagem alusiva ao Dia Mundial dos Oceanos.
"Cabo Verde irá assinar muito em breve um acordo de entendimento para uma reserva pelo menos de 30% das suas águas para área de não pesca, de preservação das suas espécies", anunciou Abraão Vicente, notando que o mundo celebra este ano o Dia Mundial dos Oceanos, sob um conjunto de desafios, como a emergência climática e a extinção do grande número de espécies.
"Os oceanos estão no centro de todas as ações que nós podemos empreender como um país oceânico num Estado oceânico, para dar o nosso contributo como país, como pequeno Estado insular para a maior proteção dos oceanos, uma melhor compreensão dos oceanos, e uma maior preservação das espécies", afirmou.
O membro do Governo disse compreender a iniciativa de fazer com que a zona económica inclusiva do território do país e do mundo sejam zonas especiais, fazendo com que atividades pesqueiras e económicas sejam limitadas e controladas.
"Abraçamos a ideia de que todas as águas internacionais devem ser reserva especial da humanidade", prosseguiu o ministro do Mar na sua mensagem, para quem Cabo Verde tem de ser um país "voltado para os oceanos", já que o seu território é constituído por 99% de mar e os 4.033 quilómetros quadrados de terra representam apenas 1% de toda a área territorial.
"E é neste sentido que o Governo de Cabo Verde se engaja com as agendas internacionais no sentido de fazermos tudo o que estiver ao nosso alcance, nomeadamente tomar um conjunto de medidas concretas para proteção dos nossos oceanos", garantiu.
Neste sentido, sublinhou que são ações como essas que fazem com que a Cimeira dos Oceanos, a realizar em Lisboa, no final de junho, se torne um dos mais cruciais encontros das organizações.
O governante disse que Cabo Verde, que vai estar representado ao mais alto nível pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, vai "fazer ouvir" a sua voz de um pequeno Estado insular, mas também como um "grande Estado oceânico".
"Cabo Verde engaja-se com agenda de proteção dos oceanos e fazemos com que a nossa população, os cabo-verdianos, e todos os contextos em que nós participamos façam dos oceanos a centralizada da nossa visão para o mundo", perspetivou o ministro do Mar, garantindo empenho para uma "maior proteção" dos oceanos.
Conosaba/Lusa
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