quarta-feira, 11 de maio de 2022

POLÍTICA Atentado a deputado: PRS CRITICA “MÉTODOS ILEGAIS” DE FAZER JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS

O Secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS), Carlitos Barai, disse que não se pode construir um estado de direito democrático onde cada cidadão faz justiça com as próprias mãos, tendo criticado duramente o uso de “métodos ilegais” para resolver problemas, sublinhando que este foi um ato condenável a todos os níveis.

Barai reagia a tentativa de assassinato ao deputado da nação e líder da União para a Mudança (UM), Agnelo Regala, à margem da reunião do Conselho Nacional do PRS, na segunda-feira, 09 de maio de 2022, para a apresentação de novos órgãos do partido e a análise da situação política e social do país.

Neste particular, explicou que a reunião visa, entre outros assuntos, informar os conselheiros nacionais sobre alguns acontecimentos nacionais, como também dar algumas orientações às estruturas de base.

Informou que, depois da reunião do Conselho, a direção vai convocar outra para breve, na qual serão tomadas algumas medidas de fundo, incluindo a aprovação do novo regulamento do partido e fixação de quotas.

Sobre o ataque a tiro ao deputado e líder da UM, Barai disse que acompanhou o caso, tendo lembrado que o seu partido, desde a sua criação, defendeu sempre o princípio da não violência.

“Somos todos guineenses e pode haver divergências de pontos de vista, mas devemos optar pelo recurso ao diálogo para a resolução de diferendos. Não podemos pretender construir um Estado de direito democrático, onde cada um faz a justiça com as próprias mãos. Não é permitido na democracia”, ressalvou.

Questionado sobre a posição do PRS em relação à vinda da força da estabilização da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a Guiné-Bissau, Carlitos Barai limitou-se a dizer que o partido vai pronunciar-se no momento exato.

Relativamente ao debate sobre a revisão constitucional, assegurou que qualquer projeto legislativo tem interesses divergentes e, particularmente, quando se trata da Constituição da República que regulamenta o funcionamento do Estado e a intervenção dos diferentes órgãos de soberania.

“Compete aos deputados, no fórum próprio, debruçarem-se sobre esse assunto”.

Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb

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