quarta-feira, 27 de abril de 2022

Política/Deputado de APU-PDGB diz que a legalidade é o que deve balizar a atuação das instituições

Bissau, 26 Abr 22 (ANG) – O deputado da Assembleia do Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Armando Mango defendeu esta terça-feira que a legalidade deve balizar a atuação das instituições, incluindo o seu partido.

O deputado respondia à questões dos jornalistas sobre a recente decisão do APU-PDGB de suspender Mango e mais outros dirigentes do partido, após a entrega do ante-projeto da Revisão Constitucional ao Presidente da Assembleia Nacional Popular, cuja elaboração contou com a participação de todos os partidos políticos com assento parlamentar.

Armando Mango disse que está bem clara no estatuto da APU-PDGB de que nenhum militante pode ser sancionado sem a sua audição prévia e um processo disciplinar, alegando que qualquer ação feita fora desse âmbito é de “efeito nulo e inexistente”.

Disse que o Conselho Nacional do partido não é competente para decidir a matéria disciplinar e diz ser essa decisão de exclusiva competência da Comissão Nacional de Jurisdição, que de acordo com Mango, ainda não pronunciou nada sobre a matéria até agora.

“Não há nenhum processo disciplinar contra mim e os meus colegas, por isso, estou tranquilo”, disse.

Mango afirmou que a retirada de confiança política à sua pessoa é só mais um cenário um bocado indigno que não tem efeito nenhum na própria lei partidária, nomeadamente no seu artigo 17° do regulamento disciplinar do APU-PDGB.

O Conselho Nacional do partido Assembleia do Povo Unido(APU PDGB),reunido no passado dia 23 do corrente mês, decidiu retirar confiança política e suspender do partido os seus vices-presidente Mamadu Saliu Lamba, Armando Mango, Fatumata Djau Baldé, Batista Té e Joana Cobdé Nhanca. E quatro deputados da bancada desta formação política foram igualmente suspensos por alegada violação dos estatutoss do partido.

A APU-PDGB fez um acordo parlamentar com o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), vencedor das legeislativas de março de 2019, juntamente com a União para Mudança(UM) e o Partido da Nova Democracia(PND). O referido acordo foi mais tarde desfeito mas os dirigentes agora alvo de suspensão mantiveram-se fièis ao compromisso que o partido assinou com o PAIGC.

Conosaba/ANG/DMG/ÂC//SG

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