No setor de Contubuel, região de Bafatá, leste do país, um homem de 44 anos de idade ateou fogo a sua esposa depois de a ter encharcado com gasolina, que neste momento encontra-se no hospital a receber tratamento médico.
Este é já o segundo caso do género este ano e, segundo as informações da polícia, o ato aconteceu depois de o marido ter mandado a filha mais velha para preparar a comida, esta por sua vez não cumpriu as ordens do pai, dado que a esposa se encontrava no trabalho de campo junto do marido. O marido por sua vez sentiu-se desodorizado e humilhado, resolveu atear fogo a sua esposa.
Neste momento, segundo as informações vindas do hospital de Bafatá, a senhora já se encontra fora do perigo, mas continua internada a receber tratamentos médicos especiais.
A enfermeira, Satu Djassi, disse que a vítima chegou com sinais de queimadura de segundo grau e até ao momento não consegue movimentar uma das mãos.
“Ela está com ferimento em todo o corpo, está fora do perigo mas ainda estamos a ter problemas de canalização dos soros”, explica a enfermeira.
O marido da vítima já se encontra sob alçada da Polícia da Ordem Pública de Bafatá. Para o Comissário da Policia de Ordem Pública de Bafatá, Saido Djaló, o marido tinha plena consciência quando pôs fogo a sua esposa.
Djassi disse ainda que o agressor até agora não foi ouvido pela polícia, porque ainda se encontra em estado de choque.
“Este homem queimou a sua esposa de propósito só porque ela não preparou a comida”, garante o chefe da polícia.
Esta situação é condenada pela Liga Guineense dos Direitos Humanos que pede que a justiça seja feita com maior brevidade possível. Demba Baldé, presidente da liga da região de Bafatá, disse que é preciso desencorajar comportamento desta natureza porque vai contra a declaração universal dos direitos humanos.
“Pedimos que o processo seja acelerado porque este tipo de comportamento é de desencorajar”, disse o representante da liga.
A vítima de cerca de 38 anos de idade é mãe de 7 filhos. Ela sofreu a queimadura de segundo grau e neste momento está fora de perigo mas, ainda necessita de tratamento médico especial.
Soma-se já dois casos da violência doméstica em 2022. O primeiro também aconteceu, em Janeiro, no mesmo sector da mesma região, Bafatá, envolvendo um homem que teria privado durante anos a sua esposa da Nacionalidade Estrangeira, de todas e quaisquer convivência social, que sofria violência e maus-tratos.
O caso só foi conhecido 3 anos depois, levado a justiça e logo de seguida, no mesmo dia, o suspeito foi posto em liberdade.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Iaia Quadé/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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