Bissau,13 Abr 22(ANG) – O Presidente da Câmara Municipal de Bissau(CMB), disse que o chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló deu instruções para a inauguração do Mercado Central, o mais rápido possível.
Luís Enchama falava hoje em conferência de imprensa em jeito de reação às acusações do Presidente da Associação Nacional dos Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau, segundo as quais esta organização não foi informada do processo do lançamento do concurso para a gestão do Mercado Central.
“O Presidente da República recebeu terça-feira em audiência, o Presidente da Associação dos Retalhistas e a Direcçâo da CMB, numa iniciativa de mediação da polémica prevalecente sobre quem deve assumir a gestão do mercado”, explicou.
Luís Enchama disse que, na audiência que mantiveram com o Presidente da República, este recomendou que o mercado seja inaugurado o mais depressa possível e avisou que só deverá albergar comerciantes que reúnirem as condições exigidas.
A Câmara Municipal de Bissau lançou o concurso público para a gestão do empreendimento comercial, e foi ganho por uma empresa denominada “Dialo Petro Services2”.
Em conferência de imprensa realizada na segunda-feira, o Presidente da Associação dos Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau, Aliu Seide disse que a decisão da CMB não irá ajudar os feirantes do mercado.
“O que está a passar ali é muito triste. Como é que à um estrangeiro é cedido um espaço público nestas condiçês?. É lamentável. Tentamos várias vezes solicitar audiência com o Presidente da CMB mas sem sucesso. O ministro da Administração Territorial e Poder Local garantiu-nos que iria resolver o problema, mas até agotra não vimos nada”, lamentou Aliu Seide.
O Presidente da Câmara Municipal de Bissau disse aos jornalistas que o processo do concurso para a gestão do Mercado Centrall cumpriu todas as formalidades exigidas por lei e que todo o dossiê se encontra no Tribunal de Contas.
Luís Enchama diz que a Associação dos Retalhistas não tem competência de exigir nada em relação ao processo de comparticipação na gestão do mercado, tendo em conta que a infraestrutura pertence ao Estado, neste caso, a Câmara Municipal de Bissau.
Aquele responsável afirmou que as obras do Mercado Central foram concluídas há mais de dois meses e que não houve inauguração até agora devido ao imbróglio entre a CMB e a Associação dos Retalhistas sobre a sua gestão.
“A CMB já está a sofrer prejuízos com o bloqueio do funcionamento do Mercado, porque já paga dívidas ao banco que disponibilizou dinheiro para a sua reabilitação”, disse.
Afirmou que no encontro mantido com o Presidente da República este aconselhou as partes para apresentarem as suas propostas sobre a forma de gestão do Mercado, até quinta-feira, contudo, reiterou que o dinheiro investido no imóvel deve ser recuperado.
O Mercado Central de Bissau foi consumido por um incêndio de origem desconhecido em 19 de Fevereiro de 2006, passados 16 anos, está agora reabilitado e modernizado, podendo albergar 350 inquilinos para além de outros gabinetes, lojas e cacifos.
Conosaba/ANG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário